SÃO PAULO, SP – O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor, deixou o cargo que ocupava desde 2008. Palmor se envolveu em uma polêmica com a diplomacia brasileira ao chamar o país de “anão diplomático”. A afirmação foi uma resposta às críticas do Itamaraty à operação militar de Israel na faixa de Gaza. O Brasil classificou a ofensiva como “desproporcional”. Palmor ainda disse que “desproporcional é perder de 7 a 1”, em referência à derrota do Brasil para a Alemanha, na Copa do Mundo deste ano.

Não ficou claro se a polêmica influenciou a saída de Palmor do ministério, nem se a decisão foi dele ou de seus superiores. A reportagem não conseguiu contato com Palmor. Ao “Jornal Nacional” o ex-porta-voz disse que sua saída já estava decidida desde março e que seu ciclo diplomático já estava encerrado. O presidente israelense, Reuven Rivlin, eleito depois da crise diplomática entre os dois países, pediu desculpas a Dilma Rousseff pela atitude do porta-voz. Ele telefonou à presidente em agosto e disse que as posições expressadas pelo diplomata não refletem a opinião do povo israelense.