RIO DE JANEIRO, RJ – O senador Lindbergh Farias (PT), candidato ao governo do Rio, disse nesta terça-feira (16) que a presidente Dilma Rousseff, se reeleita, terá de mudar a forma como construiu seu arco de alianças. Ele considera haver um desgaste na relação com o Congresso Nacional.
O petista participou de sabatina do jornal “O Globo”, na qual mais uma vez buscou vincular-se mais à imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva do que da presidente.
“Ninguém está feliz com a política do país. […] A presidente Dilma, ganhando essa eleição, não vai poder repetir essas alianças como foram feitas. As pessoas não querem. Querem uma coisa diferente. Vamos ter que dialogar com a sociedade nisso. Não pode ganhar para manter a mesma relação política que está lá no Congresso Nacional”, afirmou o senador.
Lindbergh reconheceu ter mais proximidade a Lula que Dilma. “Minha relação é com ele mesmo. Minha relação com a Dilma é formal, como presidente e senador. Minha relação com Lula é de 20 e tantos anos.”
Apesar disso, garantiu apoiar a reeleição da presidente, que tem se dedicado no Rio mais à campanha do seu adversário, o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Em quarto lugar nas pesquisas, o senador afirmou ser uma possibilidade de renovação da política no Estado, adotando discurso semelhante ao de Marina Silva (PSB), rival de Dilma. Classificou o PMDB do Rio como um “câncer” e disse que a eleição do ex-governador Anthony Garotinho (PR) seria “um retrocesso”.
Estagnado desde o início da campanha com 12% das intenções de voto, o petista disse esperar uma arrancada semelhante à de Fernando Gabeira (PV) no primeiro turno das eleições municipais em 2008. O ex-deputado estava, neste período, também em quarto com 8% das intenções de voto. Ele acabou superando nas últimas semanas da eleição Jandira Feghalli (PC do B) e Marcelo Crivella (PRB).
O petista disse crer que poderá ultrapassar Crivella, com 19%, e Anthony Garotinho (PR), com 25%, empatado com Pezão.