SÃO PAULO, SP – Terminou por volta das 14h desta quarta-feira (17) a rebelião iniciada na manhã de terça (16) no presídio de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. Segundo a Sejus (Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná), os dois agentes penitenciários feitos reféns foram libertados sem ferimentos.
Os presos se rebelaram por volta das 7h de terça e exigiam reparações nas celas que foram destruídas na rebelião da última sexta-feira (12). Eles afirmavam estar inseguros no local para onde foram transferidos por conta dos danos nas celas. A secretaria afirmou, na tarde desta quarta, que os reparos foram feitos.
Os detentos também reivindicavam mais colchões e o retorno das visitas, que tinha sido suspensas após a última rebelião.
A penitenciária foi inaugurada em 2006, tem dois presídios de segurança máxima e é uma das maiores unidades do Paraná, com 1.108 vagas. De acordo com a Secretaria de Justiça, abriga atualmente 1037 presos.
OUTRAS REBELIÕES
A última rebelião na penitenciária de Piraquara 2 ocorreu na sexta-feira (12) e durou 25 horas. Mais de 300 detentos fizeram dois agentes penitenciários reféns, que foram liberados sem ferimentos.
A rebelião acabou após o governo atender reivindicações dos rebelados, como transferência dos detentos para outras unidades, o benefício do sistema semiaberto e agilização nos alvarás de soltura.
Além dos agentes, presos de celas especiais também teriam sido feitos reféns pelos rebelados, mas essa informação não foi confirmada oficialmente. Seriam detentos que ficam em celas isoladas porque cometeram crimes como estupro e sofrem ameaças da população carcerária.
O fim do motim foi negociado por representantes da Polícia Militar, Secretaria de Justiça, Defensoria Pública e Vara de Execuções Penais.
Em agosto, uma rebelião terminou com cinco presos mortos na penitenciária de Cascavel, também no Paraná. O presídio foi parcialmente destruído e 800 detentos tiveram de ser transferidos.
Segundo a nota da secretaria, o grande porte dos presídios como os de Cascavel, Cruzeiro do Oeste e da penitenciária estadual de Piraquara é um fator que gera complexidade no controle de rebeliões.
O governo realiza uma investigação sobre todos os motins que aconteceram no Paraná nos últimos meses.