RIO DE JANEIRO – A audiência judicial realizada nesta quarta-feira (17) sobre a construção do campo de golfe para a Olimpíada de 2016 terminou sem acordo entre o Ministério Público, Prefeitura do Rio e a Fiori Empreendimentos, responsável pela obra. A eventual paralisação da obra, solicitada pela promotoria, será decidida pelo juiz Eduardo Antônio Klausler. Não há prazo para definição.
O Ministério Público solicitou a paralisação da obra por supostos danos ambientais na área, como redução da flora e fauna. Aponta que o projeto, ainda em execução, ameaça a vegetação às margens da lagoa de Marapendi.
A prefeitura apresentou uma proposta para alterar a localização de três dos 18 buracos do campo. Mas o MP recusou, afirmando que a mudança não garantia uma faixa satisfatória de vegetação às margens da lagoa.
O município alegou que não poderia alterar substancialmente o projeto porque as obras já estão adiantadas e o desenho já fora aprovado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional). A procuradoria do município chegou a propor alterações maiores a serem feitas após a Olimpíada, mas o MP não aceitou.
A construção do campo de golfe provoca polêmica desde a decisão do local escolhido. Para viabilizar a obra, a prefeitura teve de reduzir em 58 mil metros quadrados do Parque Natural Municipal de Marapendi. O MP alega ainda que as obras estão afetando a fauna e a flora do local. A prefeitura afirma que a região já estava degradada antes das intervenções e que o projeto inclui o replantio de árvores nativas.