Após sofrer duas rebeliões em questão de dias, a Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP II) passou por um pente-fino nesta segunda-feira (22) e terça-feira (23). A direção do PEP II, porém, informou que não irá divulgar os resultados da ação por motivos de segurança.

Neste mês, foram dois motins na unidade. A primeira começou no dia 12 de setembro, uma sexta-feira, por volta das 16 horas. Os presos rebelados, pertencentes ao bloco 3 da penitenciária, fizeram dois agentes penitenciários e sete presos de reféns. Todos eles foram libertados e não precisaram de atendimento médico. A rebelião acabou no sábado (13), às 17h15.

Três dias depois, porém, pouco antes das 7h45 de terça-feira (16), um novo motim começou na 9a galeria durante a entrega do café da manhã. Segundo a Polícia Militar (PM) e a Seju, responsáveis pela negociação, o motim teve como motivação o medo que os presos rebelados têm de detentos de uma faccção rival. Os amotinados, inclusive, chegaram a pedir a construção de um muro para dividir a PEP II. Dois agentes penitenciários foram feitos reféns e a rebelião só terminou por volta das 14h30 do dia 17, quando os reféns também foram liberados.

Segundo a Seju, a PEP II possui capacidade para receber 1.108 vagas, mas atualmente 1.037 detentos estão na penitenciária. O Sindarspen, porém, afirma que há superlotação, já que a capacidade inicial da penitenciária era de 960 vagas e a quantidade foi aumentada com a publicação de uma resolução em 2013.