SÃO PAULO, SP – A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, do partido Frente Nacional (FN), informou nesta quarta-feira (1º) que a sua carteira de motorista foi confiscada em 2012 devido a uma série de infrações de trânsito.
Le Pen disse, porém, que as infrações foram cometidas por outra pessoa.
A chefe do FN, que recentemente disse que os radares de velocidade são “mais um imposto disfarçado em campanha para salvar vidas”, afirmou que assumiu a autoria das infrações em 2012 para evitar que os verdadeiros culpados não fossem punidos.
“Por não querer denunciar os responsáveis, vi minha licença virar fumaça”, disse Le Pen após o jornal satírico “Le Canard Enchaîné” publicar um texto intitulado: “Marine quer orientar a França, mas ela já não tem uma licença”.
Ela disse que o jornal deveria ter verificado as fotos das infrações, que mostrariam que ela não estava ao volante.
O “Canard Enchaîné» diz ainda que Le Pen não teria pago os 3.000 euros que estaria devendo ao escritório de advogados que contratou para defendê-la neste caso.
O FN, um partido anti-imigrantes e que é contrário ao euro, ficou em primeiro lugar nas eleições para o Parlamento Europeu neste ano e, segundo enquete feita em setembro, venceria o presidente socialista François Hollande se o enfrentasse no segundo turno das eleições de 2017.