Os comerciantes curitibanos esperam o aumento de 3% no movimento de vendas impulsionadas pelo Dia das Crianças em comparação a 2013, porém, o crescimento fica abaixo da inflação acumulada de 6,5%. O levantamento foi realizado pelo Instituto Datacenso para a Associação Comercial do Paraná (ACP), com entrevistas feitas com 200 comerciantes e 200 consumidores, estes divididos em partes iguais quanto ao gênero, entre os dias 1 e 3 desse mês. A expectativa da expansão do volume de vendas para esse ano, entretanto, caiu dois pontos percentuais em relação aos 5% verificados em 2024.

Da parte dos consumidores, cuja faixa etária predominante varia entre 18 anos e 45 anos e renda média familiar mensal de R$ 1.225 a R$ 6.220, a intenção é gastar R$ 204 na compra de presentes para duas crianças. No ano passado a média de gastos per capita chegou a R$ 208,00.

Para 65% dos consumidores ouvidos pelo Datacenso a preferência é por brinquedos tradicionais (carrinhos e bonecas), mas há os que vão optar por roupas (29%), eletroeletrônicos (9%), calçados (3%), livros (2%), celulares/smartphones (2%) e bicicletas (2%).

Dentre os comerciantes, a expectativa de expansão de vendas em relação ao ano passado é partilhada por 37% dos entrevistados, ao passo que 44% responderam que o volume será igual ao de 2013 e, inferior para 20%. Novos lançamentos, variedades alusivas à data e mesmo o esperado aquecimento do mercado com a aproximação do final do ano, são os argumentos usados pelos comerciantes otimistas com o movimento alavancado pelo Dia das Crianças.

Tanto que 53% dos comerciantes ouvidos estão buscando o reforço de campanhas publicitárias, promoções, sorteio de brindes e descontos, lembrou o economista Cláudio Shimoyama, diretor técnico do Instituto Datacenso. Ele destaca ainda que a inflação está corroendo os ganhos do comerciante.
A parcela majoritária de consumidores (65%) pretende comprar à vista no cartão de crédito (35%) ou no parcelado (30%). À vista com dinheiro vivo será a preferência de 16%, enquanto 15% usarão o cartão de débito e apenas 3% farão as compras com carnê de lojas.