O homem, apelidado de “Negão”, que matou o agente da Secretaria de Trânsito de Curitiba (Setran) cometeu o assassinato por represália a uma multa que o profissional daria ao seu pai. As informações são da Polícia Civil, divulgadas nesta sexta-feira (17). Reynaldo Lopes, 54 anos, foi vítima de quatro tiros disparados de uma pistola .40, no dia 29 de agosto.

Segundo o delegado Danilo Zarlenga, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no dia do crime a vítima foi chamada para atender uma situação em que um caminhão estaria estacionado de maneira irregular na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Ele checou a situação e depois se deslocou até a Rua Ricardo Emílio Michel, onde parou o carro para formalizar a multa. Não teve tempo. ‘Negão’ o seguiu e o matou friamente com quatro disparos, contou Zarlenga, destacando que o caminhão em questão é do pai do assassino.

Depois de investigação feita pela equipe da 3.ª Delegacia de Homicídios de Curitiba, chegou-se à autoria do crime e, no último dia 12 e setembro, a imagem do homem foi divulgada para a imprensa. Uma semana depois, no dia 19, ele e outros dois comparsas praticaram um assalto a uma mercearia em Matinhos, no litoral do Estado. A PM foi acionada, houve confronto e ele foi baleado, explicou Zarlenga.

Quando foi preso, o acusado teve sua arma, uma pistola .40 apreendida. Encaminhamos a arma para o Instituto de Criminalística e o exame de balística comprovou que os quatro projéteis que mataram Lopes saíram realmente da arma de ‘Negão’, destacou Zarlenga, explicando que agora além das provas testemunhais há provas técnicas que não deixam dúvidas de que ele é o assassino de Lopes.

Confronto balístico

Foi realizado, neste caso, um laudo de confronto balístico. “Realizamos o exame o mais rápido possível para contribuir com a investigação policial e também com a Justiça. A agilidade e a qualidade dos laudos produzidos fazem parte de uma política implementada no Instituto de Criminalística, de modo geral, para atender a todas as demandas de forma célere e com confiabilidade”, afirmou o perito-chefe da seção técnica de Balística Forense do Instituto de Criminalística, Marco Antonio de Souza.