SÃO PAULO, SP – Diferentemente do programa eleitoral da tarde desta sexta-feira (24), a campanha petista diminuiu o tom das críticas à reportagem da revista “Veja” na última peça antes das eleições, transmitida à noite.
A campanha petista não utilizou a longa fala da presidente Dilma Rousseff (PT), que mais cedo classificou de “terrorismo” o conteúdo da publicação, como feito à tarde.
Segundo a revista, o doleiro Alberto Youssef disse em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, que Dilma e o ex-presidente Lula tinham conhecimento do esquema de desvio de dinheiro na Petrobras.
A propaganda eleitoral petista se restringiu a criticar a denúncia através do narrador, que afirmou que a publicação tenta reverter a “decisão popular” com “denúncia supostamente bombástica”.
Ele cita as pesquisas de intenção de voto do Datafolha e Ibope, em que Dilma aparece na frente de Aécio Neves (PSDB).
“Toda campanha é a mesma coisa, quando pesquisas indicam a liderança de um candidato do PT a revista ‘Veja’ solta uma denúncia supostamente bombástica para tentar reverter a decisão popular”, diz a propaganda. O narrador afirma que a publicação não apresenta nenhuma prova de envolvimento de Lula e Dilma no escândalo da Petrobras.
A peça destaca cenas de eleitores demonstrando apoio a Dilma em várias cidades do país. Ao final, Dilma aparece ao falar dos avanços do seu governo e pedir o voto do eleitor.
AÉCIO
A propaganda de Aécio cita a reportagem da revista “Veja” –segundo a qual o doleiro Alberto Youssef teria dito à PF que Lula e Dilma sabiam de esquema de desvio de dinheiro na Petrobras– nos últimos segundos.
Os 55 segundos finais do horário tucano reproduzem parte da reportagem com trechos de falas de Youssef que teriam implicado os petistas. São destacadas as frases “O Planalto sabia de tudo” e a explicação subsequente: “Lula e Dilma”.
Em sua fala, Aécio discorreu sobre assuntos mais genéricos. “Senti o desejo de libertação dos brasileiros”, disse, enquanto uma versão instrumental do hino toca no fundo.