SÃO PAULO, SP – Um palestino suspeito de ter atirado e ferido na quarta-feira (29) um ativista da direita israelense em Jerusalém morreu em ação policial nesta quinta-feira (30), anunciou a polícia.
“Unidades da polícia antiterrorista cercaram uma casa no bairro de Abu Tor e prenderam um suspeito da tentativa de homicídio de Yehuda Glick. Elas foram alvos de tiros imediatamente ao chegarem, responderam aos disparos e mataram o suspeito”, disse o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld.
Um site oficial do Hamas identificou o homem como Moataz Hejazi, 32, que passou 11 anos em uma prisão israelense e foi solto em 2012.
Glick, que é americano, ficou gravemente ferido devido aos tiros.
Ele foi alvejado em Jerusalém, na quarta-feira (29), enquanto deixava uma conferência para promover a campanha judaica para permitir orações em um local da Cidade Velha que é considerado sagrado por judeus e muçulmanos.
O estatuto da Esplanada das Mesquitas é motivo de tensão permanente. Os muçulmanos temem que o governo israelense autorize os judeus a rezar no local, o que não podem fazer até o momento. Eles suspeitam que tal permissão seria o primeiro passo para destruir as mesquitas, com o objetivo de construir o terceiro templo judaico.
Nesta quinta, Israel fechou o acesso ao local, gerando indignação do líder palestino Mahmud Abbas.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, voltou a negar na segunda-feira (27) o desejo de mudar o estatuto do local sagrado.
O premiê ordenou o envio de reforços policiais significativos a Jerusalém depois da tentativa de assassinato de Glick
Helicópteros da polícia israelense sobrevoaram Jerusalém Oriental desde as primeiras horas desta quinta durante a busca pelo suspeito.
Abu Tor e o bairro vizinho de Silwan foram palco de confrontos noturnos entre palestinos e forças israelenses nos últimos meses, com as tensões mais elevadas devido à guerra de Gaza e a questão da Esplanada das Mesquitas.