BRASÍLIA, DF – A oposição recorreu à Procuradoria-Geral da República contra dez autoridades, entre ministros, presidentes e diretores de agências, que durante o período eleitoral seguraram a divulgação de dados oficiais e medidas econômicas.
Na representação, o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) pede que os envolvidos sejam investigados por crime de responsabilidade e improbidade administrativa.
Entre as medidas que ficaram congeladas, estavam dados atualizados sobre o desempenho dos alunos em português e matemática e a arrecadação de tributos, estatísticas potencialmente negativas para a campanha da presidente Dilma Rousseff.
Caiado argumenta ainda que, três dias após as eleições, o Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu ao elevar a taxa básica de juros da economia brasileira de 11% para 11,25% ao ano.
“De todas as atrocidades cometidas nesta eleição, a mais vexatória, sem dúvida, foi o governo impondo a órgãos técnicos uma mordaça para que a população não soubesse a real situação do país. Mais do que ninguém, eles sabiam como estavam fazendo um mau governo e como isso não podia ser revelado durante as eleições”, explicou Caiado.
O pedido de investigação envolve os ministros Guido Mantega (Fazenda), Clélio Campolina Diniz (Ciência, Tecnologia e Inovação), Izabella Teixeira (Meio Ambiente), Edison Lobão (Minas e Energia) e Alexandre Tombini (Banco Central).
Entre os presidentes e diretores de agências estão : Volney Zanardi Júnior (Ibama), Leonel Fernando Perondi (Inpe), Marcelo Côrtes Neri (Secretário Especial para Assuntos Estratégicos), Suarez Dillon Soares (Ipea) e Romeu Donizete Rufino (Aneel).