O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, classificou como positivo o anúncio dos novos ministros que comporão a equipe econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff. Os nomes de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa para o Planejamento, além da manutenção de Alexandre Tombini no Banco Central, foram confirmados pelo Palácio do Planalto nesta quinta-feira (27).

Para Campagnolo, Dilma acertou ao buscar profissionais bem conceituados pelo mercado para comandar sua política econômica. Segundo ele, porém, o governo precisa dar sinais claros de que realmente vai corrigir os rumos da economia brasileira. Existe uma preocupação muito grande, especialmente do setor produtivo, de quais serão as diretrizes do país para frear a desindustrialização e a falta de competitividade, disse Campagnolo. Neste primeiro momento, por parte da presidente Dilma temos percebido que o governo está disposto a corrigir os erros que cometeu. Os nomes escolhidos para a equipe econômica reforçam essa preocupação, mas o governo deve sinalizar, o mais rapidamente possível, com medidas concretas para retomar a confiança dos investidores, completou.

O presidente do Sistema Fiep disse ainda que a correção nos rumos da economia não pode comprometer os investimentos em áreas fundamentais para o crescimento do país, como educação e infraestrutura, entre outras. Em seus primeiros pronunciamentos, os novos ministros deixaram claro que o corte de despesas é uma prioridade para reajustar a política fiscal. O governo realmente gasta mal e precisa readequar sua política fiscal, mas isso não pode significar, de maneira alguma, cortes de investimentos em áreas estratégicas para o crescimento do país, ressaltou.

Por fim, Campagnolo afirmou que é fundamental que a presidente Dilma e sua equipe econômica mantenham um diálogo franco e permanente com o setor produtivo. As medidas a serem adotadas devem atender às reais necessidades dos empreendedores, para criar um ambiente efetivamente favorável aos negócios no Brasil, permitindo a manutenção da geração de emprego e renda no país. Só assim vamos conseguir um desenvolvimento econômico e social sustentado no futuro, declarou.

Substituições – No ministério da Fazenda, Joaquim Levy vai substituir Guido Mantega, que está no cargo há quase 12 anos. No Planejamento, Nelson Barbosa assumirá o comando no lugar de Miriam Belchior. O Palácio do Planalto ainda não definiu a data em que os novos ministros serão empossados. Até lá, segundo o governo, eles atuarão em conjunto com os atuais ocupantes das pastas em um processo de transição.