Desde o final da manhã desta sexta-feira (19), 144 famílias são proprietárias de apartamentos do Residencial Paineiras, um condomínio localizado no bairro Santa Cândida.

O empreendimento, construído com recursos do programa Minha Casa, Minha Vida, foi destinado a inscritos no cadastro da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), com renda entre R$ 1.601 e R$ 3.275.

A entrega teve a presença do prefeito Gustavo Fruet, da vice-prefeita e secretária do Trabalho e Emprego, Mírian Gonçalves, e do presidente da Cohab, Ubiraci Rodrigues, e marcou o encerramento das entregas do programa habitacional do Município em 2014.

Ao longo do ano, foram beneficiadas 1.778 famílias com a liberação de casas, apartamentos e sobrados. Os beneficiários pertencem aos dois segmentos de público atendidos pela Cohab – famílias da fila e moradores de áreas de risco.

Durante a solenidade, o prefeito anunciou para os moradores a pavimentação de um trecho de 900 metros da Rua Estevão Manika, que dá acesso ao condomínio, e a isenção de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), já aprovada pela Câmara Municipal, para imóveis do programa habitacional.

Ao entregar novas moradias na cidade, a Prefeitura cuida também do bem estar das famílias, proporcionando acesso aos serviços básicos de educação, saúde e transporte, disse Fruet.

Área verde

Localizado ao lado de outros três Residenciais – os empreendimentos Cedros, Pinheiros e Figueiras – que ainda estão em obras e têm um total de 751 unidades, o Paineiras foi edificado em um terreno com 9 mil metros quadrados, em meio a uma região que preserva muita área verde – aspecto que foi ressaltado pelo prefeito em sua fala às famílias.

Os 144 apartamentos estão distribuídos em nove blocos de quatro pavimentos cada um, formando um condomínio, equipado com salão de festas, guarita, parque infantil e vagas de estacionamento (uma por unidade).

Os apartamentos têm dois quartos e um custo que varia entre R$ 82 mil (térreos) e R$ 85 mil (demais unidades). Para aquisição, as famílias contaram com subsídio diferenciado em função da renda. Quem ganha menos teve abatimento de R$ 17,9 mil e quem tem rendimento mais próximo do teto (R$ 3,275) teve desconto menor, de R$ 2,1 mil.

As famílias que receberam as chaves haviam adquirido as unidades ainda na fase de projeto, ou na planta, como é conhecido esta modalidade de financiamento habitacional. O contrato de aquisição foi firmado com a Caixa Econômica Federal, que é o gestor do programa Minha Casa, Minha Vida.

Mudança

A artesã Nádia Gugik será uma das moradoras do condomínio. Ela foi acompanhada do filho Davi, de 6 anos, à entrega das chaves e não escondia o contentamento. Moradora do Abranches, onde vive com a mãe, contou que estava acompanhando passo-a-passo a obra do Residencial.

Ficava só namorando o imóvel, do lado de fora, pois a visita não era permitida pela construtora por questão de segurança, disse. Agora, já com as chaves na mão, ela pretende mudar em janeiro para o apartamento. Vou arrumar aos poucos, para deixar tudo com a minha cara, planeja.

Tassiane Lima, vendedora, e Leandro Franco da Silva, jardineiro, tem plano semelhante. Os dois têm uma filha de quatro anos e estão vivendo atualmente em uma casa nos fundos do terreno da mãe dele – solução que encontraram quando venceu o contrato de aluguel de um imóvel em Santa Felicidade, onde estavam morando até meados deste ano.

A ideia do casal é providenciar a mobília e fazer algumas melhorias no apartamento antes da mudança no começo do próximo ano. A despesa com a casa própria será equivalente àquela que tinham com aluguel – em torno de R$ 500 mensais. Mas será um gasto bem diferente para o dinheiro, porque o apartamento é um investimento para a vida toda, disse Tissiane.

Gledson Picone, operador de máquinas, e Luciane Mara, foram à entrega de unidades com a filha Valentina, de 8 meses. Eles estão casados há quatro anos e a conquista da casa própria era o grande projeto – agora, realizado – que tinham.

A família vai deixar para trás o aluguel, que consumia R$ 500 do orçamento, pelo pagamento da prestação. Como os dois optaram por um financiamento com prazo menor – 20 anos – terão uma prestação um pouco maior (R$ 700), mas acham que o gasto adicional será compensador. O lugar onde vamos morar é muito bom e está numa região de crescimento, disse Gledson.

Investimento

Para concretizar o empreendimento, que significou um investimento de R$ 12,1 milhões, a Cohab e a Prefeitura atuaram em parceria com a Caixa. A Prefeitura concedeu incentivos fiscais e construtivos para a obra e irá executar a infraestrutura de acesso ao empreendimento, com a pavimentação de um trecho da Rua Estevão Manika.

Já a Cohab fez a intermediação entre a iniciativa privada, Prefeitura e a Caixa, para tirar o projeto do papel. Participou depois da identificação da demanda, fazendo a convocação das famílias da fila e dando suporte à comercialização das unidades. Na etapa final, a Cohab apoiou a instalação do condomínio para gestão futura do Residencial pelos seus moradores.

Esta forma de atuação permite a ampliação do alcance do programa habitacional do município, atende os interesses do governo federal que está investindo em moradia popular e, principalmente, beneficia as famílias quie precisam de moradia, diz o presidente da Cohab.

Também participaram da solenidade de entrega de chaves do Residencial Paineiras o administrador regional da Boa Vista, José Ribeiro, e Wilton Cabral, gerente regional da Caixa Econômica Federal em Curitiba.