SÃO PAULO, SP – A família do piloto jordaniano capturado nesta quarta-feira (24) por combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico, na Síria, divulgou nesta quinta (25) um vídeo pedindo que os extremistas o tratem como hóspede e garantam a segurança do militar.
Entre os argumentos usados, estão o de que o primeiro-tenente Muaz Kasasbeh, 27, também é “um irmão muçulmano” e que estava apenas seguindo “ordens militares”.
O irmão do piloto lembrou que Kasasbeh reza todas as orações e jejua no mês sagrado do Ramadã. Já o pai disse que não considera seu filho um refém e que ele deveria receber tratamento de “hóspede”.
“Ele é um hóspede entre nossos irmãos no Estado Islâmico na Síria. Peço a eles –em nome de Deus e com a dignidade do profeta Maomé, que a paz esteja com ele– que o recebam como hóspede de seus anfitriões, e que o tratem bem”, disse Saif al-Kasaesbeh, pai do piloto.
Até hoje, todos os executados pelo Estado Islâmico foram xiitas ou não-muçulmanos. Kasasbeh, membro de uma tradicional família sunita jordaniana, foi o primeiro piloto da coalizão internacional reconhecidamente feito prisioneiro pelo Estado Islâmico. O grupo, que também é sunita, costuma executar os soldados inimigos capturados no campo de batalha, além de decapitar civis ocidentais tomados como reféns.
O avião pilotado pelo militar jordaniano caiu quando ele participava de bombardeios da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos na cidade de Al Raqqah, bastião dos jihadistas na Síria. A causa da queda é incerta.
Embora o Estado Islâmico tenha afirmado que derrubou o avião com baterias de defesa antiaérea, os Estados Unidos dizem que foi um provável acidente.