SÃO PAULO, SP – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou o fim da intervenção militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Afeganistão, que já durava 13 anos e foi oficialmente encerrada neste domingo (28).
De férias no Havaí, Obama homenageou os mais de 2.200 americanos mortos no conflito, segundo ele, o mais longo da história dos EUA –e disse que o fim da intervenção é “um marco”.
“Agora, graças ao sacrifício extraordinário de nossos homens e mulheres, a missão de combate no Afeganistão chega ao fim e a guerra mais longa da história dos Estados Unidos acaba de maneira responsável”, disse o mandatário em um comunicado divulgado pela Casa Branca.
“Estamos mais seguros e nosso país está mais seguro”, declarou antes de advertir que, apesar dos esforços, o Afeganistão ainda é “um lugar perigoso”.
Em Kabul, na sede da missão da Otan, uma cerimônia marcou o fim da intervenção.
“Hoje é o fim de uma era e o começo de uma outra” disse o general americana John Campbell, comandante da Otan. “Nós continuaremos a investir no futuro do Afeganistão”.
É O FIM?
Cerca de 13 mil tropas, principalmente americanas, permanecerão no país em uma nova missão, de duração estimada de dois anos, com o objetivo alegado de treinar as forças locais.
Mesmo com anos de ajuda militar do ocidente, o Afeganistão ainda sofre ataques do Taleban, grupo radical que tinha ligações com o terrorista Osama Bin Laden.
Neste ano, segundo a Reuters, um número recorde de cerca de 3.200 civis e 4.600 policiais e militares foram mortos no país nos conflitos com a milícia islâmica.