SÃO PAULO, SP – Um comboio militar israelense foi atingido por mísseis nesta quarta-feira (27) na fronteira com o Líbano na disputada zona das fazendas de Shebaa, na fronteira entre Israel, Síria e Líbano, informou o Exército israelense num comunicado no Twitter.
Em comunicado, a milícia xiita Hizbullah reivindicou a autoria do ataque que, ainda segundo o grupo, causou um número indeterminado de vítimas. O texto diz que o grupo dos Mártires de Al Quneitra, que é vinculado ao Hizbullah, foi o responsável pela ação.
Como represália, Israel lançou diversos ataques contra o sul libanês, informou a Agência Nacional de Notícias libanesa (ANN).
Os ataques mataram um soldado da ONU de nacionalidade espanhola.
Segundo a agência, a “infantaria da ocupação” (como se referem aos israelenses) atacou as imediações de Al Mayedia, Kafar Shuba, Al Abasiya e Al Uazani, bastiões do Hizbullah.
O tenente-coronel israelense Peter Lerner confirumou a jornalistas que há vítimas, a princípio todas militares, e culpou o Hizbullah, a Síria e o Líbano.
Uma outra fonte de segurança informou que “várias pessoas ficaram feridas” no ataque.
O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, advertiu que seu país está “disposto a atuar com força”. “O Exército está disposto a atuar com força em todas as frentes”, disse num comunicado o premiê.
ESCALADA DE VIOLÊNCIA
Na semana passada, Israel aumentou seu efetivo em suas fronteiras com o Líbano e a Síria e reforçou as medidas de segurança nos locais.
O país atacou no dia 18, por meio de um drone (avião não tripulado), um comboio do Hizbullah que circulava pelo território sírio.
No ataque, morreram seis membros do grupo extremista, entre eles um jovem comandante que era filho de Imad Mughniye, chefe do Hizbullah assassinado em Damasco em 2008, também por Israel.
Além dele, um general da Guarda Revolucionária do Irã também morreu.
A Síria lançou dois foguetes em direção a Israel na terça. Como represália, os israelenses atiraram em direção ao país árabe.
Alem disso, a aviação israelense bombardeou nesta madrugada mais posições do regime sírio na periferia da cidade de Al Quneitra, fronteiriça com as Colinas de Golã –que são ocupadas por Israel.