Comum nos Estados Unidos e em países europeus, os caixas de autoatendimento (self-checkouts), onde o próprio consumidor registra e paga os produtos comprados, começam a ganhar destaque no mercado brasileiro. O Paraná, inclusive, pode ser considerado pioneiro no assunto. É que a rede paranaense Muffato foi a primeira a adotar essa tecnologia, que promete reduzir as filas em supermercados, reduzir os custos (já que não precisa ter um funcionário para atender os clientes) e aumentar a segurança (os pagamentos são feitos em cartão de crédito ou débito, o que reduz a circulação do dinheiro físico).

Nos Estados Unidos, o modelo estreou em 1992, em uma loja em Nova York. Hoje são cerca de 430 mil unidades em uso em todo o mundo. No Paraná, a estreia foi em novembro de 2012, na loja Muffato da Avenida Madre Leônia, em Londrina. Desde então, o Muffato levou a tecnologia para lojas de Curitiba, Cascavel e Maringá, totalizando 16 autocaixas, como a empresa batizou a tecnologia. E a ideia é ampliar ainda mais o serviço.

Como a tecnologia já foi testada e aprovada pelos consumidores nas quatro lojas onde está instalada, pretendemos expandi-la para outras unidades da rede, mas ainda não temos datas definidas para iniciar esse processo, conta o diretor do Grupo Muffato, Everton Muffato.

A principal característica do autocaixa é a facilidade do cliente poder realizar todo o processo de compra sozinho, desde a escolha dos produtos até a finalização do pagamento, que pode ser feito por cartão de crédito ou débito. O cliente passa as compras pelo leitor, pesa os produtos (quando necessário), seleciona a forma de pagamento e finaliza a operação.

O consumidor ganha agilidade, pois a operação é simples e rápida e não há filas na maior parte do tempo. E mesmo nos horários de pico, quando há mais pessoas aguardando, o tempo de espera é menor do que em um caixa tradicional. Estimamos que o autocaixa agilize em até 20% o atendimento, além de ser uma opção a mais para o consumidor administrar seu tempo e escolher a forma como quer ser atendido, complementa Everton.

Contudo, não é apenas tempo que as empresas economizam com o autoatendimento. Segundo Everton, a única desvantagem da tecnologia é o seu alto custo — no caso do Muffato, por exemplo, o projeto levou cerca de dois anos para ser implementado, por conta das adaptações da tecnologia — que é importada —, à legislação e às rotinas brasileiras. Entretanto, os benefícios operacionais acabam superando estes custos. Uma economia é com o operador de caixa, já que o self checkout dispensa este profissional. A maioria dos estabelecimentos, porém, costumam manter os caixas normais em funcionamento, designando também um profissional para auxiliar e/ou fiscalizar quem opta pelo autoatendimento.