O governo trabalha com um cenário pessimista para o abastecimento de energia e prepara um plano emergencial para aumentar a oferta e incentivar a população a reduzir o consumo. O plano em estudo inclui uma série de medidas voltadas aos consumidores residenciais, industriais e para o comércio. A ordem é evitar o racionamento de energia e adotar um plano de racionalização, ou seja, de economia voluntária, e não compulsória, como foi feito em 2001.

O objetivo é garantir uma folga de 3 mil megawatts médios, o que representa cerca de 5% do consumo de energia do País, principalmente no horário de ponta, quando a demanda tem atingido 72 mil MW médios. Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a avaliação é de que seria preciso chover 90% da média histórica nos meses de fevereiro e março para evitar falta de energia. Se chover menos do que isso, entre 70% e 85% da média, por
exemplo, será preciso adotar medidas para economizar 5% no consumo de energia.

O problema é que o perfil do consumo mudou e o governo sabe que não será suficiente trocar lâmpadas por outras mais econômicas. Para isso, o governo vai cobrar mais responsabilidade e iniciativa das distribuidoras, que serão convocadas a fazer campanhas publicitárias.

No comércio, o governo avalia formas de estimular estabelecimentos, como hotéis e shoppings centers, a usar seus
geradores durante a tarde, com a possibilidade de custear o gasto com o combustível usado nos equipamentos. Estimativas do governo apontam que seria possível poupar 1,5 mil a 2 mil MW médios dessa forma. Para as indústrias que contam com autoprodução de energia, a ideia é convencê­las a reduzir o ritmo de trabalho e a revender volumes excedentes de eletricidade, mesmo diminuindo sua atividade principal, em troca de uma remuneração mais vantajosa. 

Com as empresas geradoras de energia, o governo pretende aumentar a remuneração da produção por fontes como biomassa, eólicas e solar, que podem ser conectadas ao sistema mais rapidamente. Em busca de mais energia, já foram iniciadas negociações para acionar a usina de Uruguaiana, que depende de acordos com a Argentina para permitir o transporte de combustível.

Esses conjunto de medidas seria uma resposta para um cenário que se torna cada vez mais inevitável. Em 18 de fevereiro, o governo fará uma nova análise do quadro. Nessa data, metade do mês já terá passado e será possível ter um horizonte mais claro sobre a previsão de chuvas nos próximos dez dias até março. Confirmado um índice de chuvas inferior a 90% da média histórica em fevereiro, não haverá outra alternativa, senão adotar o plano emergencial.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou que as chuvas de fevereiro deverão atingir 52% da média no Sudeste/Centro Oeste e apenas 18% no Nordeste. A previsão ocorre após uma frustração em relação às chuvas de janeiro.
No fim de 2014, o ONS chegou a projetar uma média de 80% para este início de ano, mas as chuvas atingiram apenas 38% da média histórica no Sudeste/Centro Oeste e 27% no Nordeste, pior índice para o mês dos últimos 84 anos.

O plano Antiapagão inclui, o incentivo para o comércio e estabelecimentos como hotéis e shoppings centers, a usar seus geradores no horário de ponta, durante a tarde. O plano é custear o gasto com o combustível utilizado nos geradores. Estimativas do governo apontam que seria possível poupar 1,5 mil a 2 mil MW médios dessa forma. Para as indústrias que contam com autoprodução de energia, diante de uma projeção de crescimento pífio do PIB em 2015, a ideia é convencê­los a reduzir e a revender volumes excedentes, mesmo que diminuindo sua atividade principal, em troca de uma remuneração mais vantajosa.

O governo pretende aumentar a remuneração da produção de energia por fontes como biomassa, eólicas e solar, que podem ser conectadas ao sistema mais rapidamente. A ideia é convencer os produtores a trocar a produção de açúcar pela venda de energia por biomassa, a exemplo do que fez a indústria de alumínio no ano passado, que faturou mais vendendo energia no mercado à vista. O governo costura negociações para acionar a usina de Uruguaiana, que depende de acordos com a Argentina para permitir o transporte de combustível até o empreendimento.