Ivar Schimidt, um dos líderes do Comando Nacional dos Transportes, alega que o governo está negociando com as pessoas erradas. Segundo ele, os ministros se reuniram com sindicatos e associações que não têm contato com os caminhoneiros que estão parados. Ontem, após o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Miguel Rossetto, anunciar os termos do acordo, Schimidt disse que não foi ouvido pelo ministro e que as manifestações continuariam porque não atendem ao pleito dos trabalhadores, que é a redução em R$ 0,50 do preço do óleo diesel. 

Ele e outros cem líderes articulam a manutenção do protesto por meio de um grupo do WhatsApp. “Se o governo acha que as medidas vão acabar com bloqueios, é só esperar para ver”, disse após o anúncio de Rossetto. “As medidas do governo não atendem o movimento. A paralisação continua”, afirmou.

“Estamos organizados em aproximadamente cem líderes espalhados em cerca de 128 pontos pelo Brasil, disse.

No Planalto há uma perplexidade em relação ao problema porque o governo está se sentindo de pés e mãos atados, já que as lideranças do movimento são muito difusas e a maior parte das iniciativas, até agora, tem sido em vão. O Planalto afirma, oficialmente, que não está prevista uma revisão das propostas.

O governo aguarda o desfecho da paralisação dos caminhoneiros nesta sexta-feira para definir quais deverão ser os seus próximos passos.