ROBERTO DIAS, ENVIADO ESPECIAL BARCELONA, ESPANHA (FOLHAPRESS) – O Pinterest dobrou de tamanho e foi a rede social que mais cresceu no ano passado, segundo a Globalwebindex, empresa que compila métricas do mundo digital. Mas o Pinterest é uma rede social? Quem o fundou diz que não. Para Evan Sharp, trata-se de uma plataforma única, diferente, ainda incompreendida. “O que as pessoas não entendem sobre o Pinterest é quão amplo ele é”, afirma Sharp, 33, que trocou a arquitetura pelo mundo da tecnologia ao fundar o Pinterest em 2010 com mais dois sócios, Ben Silbermann e Paul Sciarra.

Sejá lá o que o for, o aplicativo e sua versão web devem ultrapassar a barreira de 50 milhões de seguidores neste ano apenas no EUA, segundo a consultoria eMarketer, número não tão distante assim dos 63 milhões do Twitter. Sharp define seu serviço como “uma busca visual”, diferente da utilizada no Google. “Serviços de busca costumam ser muito bons para perguntas objetivas, como: ‘qual a distância entre São Francisco e Barcelona?”, afirma ele. “Perguntas de descoberta são diferentes”.

No Pinterest, os usuários podem publicar imagens e vídeos e organizá-los em coleções temáticas. “Pode ser usado para registrar uma viagem, cozinhar para a família, organizar um evento”, diz Sharp. “É uma das maiores plataformas de professores do mundo, que compartilham aulas e material para os alunos.” Ele defende a ideia que os “pins” (as postagens) são algo “físico”. “O que você publica não é apenas uma imagem, mas um link, uma referência a algo.” No ano passado, o Pinterest, que ainda não fez um IPO, foi avaliado em US$ 5 bilhões. Neste ano, a empresa, que tem em torno de 300 funcionários, deve se dedicar à expansão fora dos EUA.