O técnico da seleção brasileira Dunga deu coletiva para anunciar novo patrocinador e os jornalistas aproveitaram para fazer perguntas sobre assuntos gerais. O que mais me chamou a atenção, foi quando alguém perguntou sobre os grandes jogadores que saem do Brasil para ganhar dinheiro em países sem tradição no esporte, tais como China, Coréia, Emirados Árabes e principalmente falando de jogadores ainda em idade de convocação, casos de Ricardo Goulart, Everton Ribeiro e o próprio Diego Tardelli. Dunga se limitou e contar como foi sua experiência no Japão e de como um jogador que não tem a malícia se comporta. Falou o óbvio. Mas, a minha opinião sincera é que, um jogador que vai à procura de dinheiro e joga nesses mercados, incluindo Rússia, Ucrânia, não merecem convocação, dando lugar a jogadores que jogam no Brasil e em centros como Espanha, Itália e Inglaterra. Copa do Brasil começa hoje para o Coritiba. Com um elenco ainda em fase de experiência, o time ainda precisa ver algumas posições básicas para ser um time em condições de disputa de um torneio em nível nacional. O goleiro Vaná ainda está em observação, precisa de mais tempo para ter a confiança necessária, mas este tempo está se esgotando, à medida que os adversários mais fortes estejam se aproximando. Falhou em 3 vezes no Paranaense e não dá a confiança que uma zaga precisa para trabalhar. Um segundo volante titular, um meia cancha inteligente, meia de armação e um meia atacante com a qualidade do Robinho. Estas as carências que vejo em jogo, atualmente. Vide o time reserva que entrou em campo e sofreu contra o Prudentópolis. Tudo isto parece ainda não ter resolvido nesta pré-temporada no Coritiba. Mas, o tempo está passando.

Existe no Paraná Clube um movimento para assumir o clube em um novo projeto, que se diz ousado, com parcerias para sustentar o futebol, desde que o atual presidente se afaste. Eu não posso opinar, por justamente não acompanhar o dia a dia das dificuldades do Paraná. Acho até que se por acaso foram pessoas realmente comprometidas com o escudo, história e principalmente, que venham com um planejamento ousado, acredito que merecem serem ouvidos até pelo Rubens Bohlen. Só vou torcer e acompanhar o andamento desta novela. Quero final feliz, com certeza.

No Atlético, ouvi todas as entrevistas coletivas das últimas duas semanas com Marcelo Vilhena, Claudinei Oliveira e na apresentação do jogador indiano e chego até uma fácil conclusão de que o planejamento estratégico do futebol existe a partir da decisão do seu presidente. Você me diz que parece óbvio, mas escolher na quinta o time que joga no domingo, não existe no mundo um clube que faça este tipo de planejamento. Mas, espera… isso não é um planejamento. Isto é uma decisão unilateral. Imagina você, torcedor em seu trabalho comercial, não poder abrir a lojinha às 10 da manhã, porque o dono não sabe ainda se vai abrir para vender verduras ou se vai abrir um restaurante. Imagina para um grande goleiro como Weverton, esperar a possibilidade de jogar ou não no fim de semana, somente vai saber quando o seu presidente voltar de viagem e decidir sozinho, como tudo o que ele decide, sem pedir opinião de gerente de futebol, fisiologista, preparador físico, técnico. Dependendo do seu humor, ou de como ele acordou na quarta-feira. Não sei quanto a você meu amigo leitor, mas eu acho isto muito estranho. Mas enfim, o futebol tem disto muito ainda neste nosso Brasilzão! Seja bem vindo de volta, Eurico Miranda.

Mauro Mueller é apresentador do Show de Bola da Rede Massa, radialista e ator