DIEGO IWATA LIMA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No que depender da Justiça do Trabalho, o Guarani tem cerca de um ano para desocupar o estádio Brinco de Ouro da Princesa, palco de sua maior conquista, o Campeonato Brasileiro de 1978. Por R$ 105 milhões, em leilão realizado nesta segunda (30), o estádio do foi arrematado pela empresa Maxion Empreendimentos Imobiliários, do Rio Grande do Sul. A companhia tem até dez dias úteis para depositar 30% do valor à vista, mais 12 parcelas iguais. O clube só deve desocupar o terreno quando a última parcela for paga.

O valor foi aceito pela juíza Ana Cláudia Torres Vianna, da 6ª Vara do Trabalho de Campinas. Mas o Guarani acredita que não terá problemas para reverter a decisão. No entendimento do clube, cujos advogados já solicitaram embargo da decisão, o principal argumento para tentar a reversão é o fato de o clube entender que o valor executado é muito baixo. O clube estima que o estádio e demais prédios que estão no mesmo terreno valham pelo menos quatro vezes mais.

O outro argumento que o Guarani pretende usar nos embargos que vai solicitar é o fato de o montante cobrir apenas a parte das dívidas trabalhistas do clube, que são apenas uma fração de todos os débitos que o Guarani tem com a justiça. O clube entende que a decisão deixa a equipe de mãos atadas para se reerguer.

TIME A decisão da Justiça não altera em nada a rotina da equipe profissional, que segue treinando normalmente e disputa a Série A-2 do Campeonato Paulista. Com 22 pontos em 13 rodadas, a equipe alviverde está em oitavo lugar no Paulista. No último domingo, após a derrota por 2 a 0 para o Rio Branco, em Americana, o técnico Marcelo Veiga foi demitido. Para o seu lugar, foi contratado Ademir Fonseca, que estava no CRB, de Alagoas. O Guarani assegura que o atual grupo de profissionais e funcionários está com os salários em dia.