A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) apresentou nesta quinta-feira (9) na 21ª Intermodal South America, em São Paulo, os avanços e os desafios ambientais para o setor de logística.
Entre os resultados positivos conquistados pelo Porto está a redução do número de pombos, cujos dejetos e secreções transmitem doenças perigosas. Em 2014, um monitoramento apontou a existência de 11640 aves. Já em fevereiro 2015, o número caiu para 1883 pombos.
A redução, por meio da retirada de ninhos das aves dos armazéns e terminais localizados na área portuária, integra o Programa de Controle de Proliferação de Vetores. Paralelamente, o programa desenvolve atividades de controle do número de ratos.
Outro dado positivo está relacionado à geração de resíduos na faixa portuária, reduzida de 270 toneladas para 114 toneladas em um ano.
Foram adotados mecanismos para rastrear os resíduos orgânicos e recicláveis. Com isso, estamos conseguindo destinar uma tonelada de resíduos recicláveis por mês para a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Paranaguá, disse o diretor de Meio Ambiente da Appa, Marco Aurélio Ziliotto.
Cuidados com a biota aquática e todas as espécies que vivem na baía de Paranaguá também compõem as ações ambientais do Porto. Há 14 meses o número e a frequência de botos que aparecem na baía são monitorados, assim como o volume do estoque pesqueiro. O número de botos identificados já aumentou de 40 para 107 neste período.
Os botos e peixes são bioindicadores naturais, demonstrando que a atividade portuária está conseguindo conviver de forma harmônica com o meio ambiente, declarou Ziliotto.
A bióloga da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), Iris Regina Fernandes Poffo, elogiou os avanços obtidos pelo Porto de Paranaguá na área ambiental. Estive em Paranaguá no ano de 2004 por ocasião do acidente com navio Vicuña e gostei de ver como a preocupação com o meio ambiente foi ampliada, disse ela, que participou da mesa redonda onde foram apresentadas as ações do Porto.
A Cetesb é a agência do Governo de São Paulo responsável pelo controle, fiscalização, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluição.
AVANÇOS – O diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, disse que há uma grande concentração de esforços para que os portos paranaenses assumam uma posição de ponta no que se refere aos cuidados com o meio ambiente.
Os programas e ações voltados para a proteção do meio ambiente estão entre as maiores conquistas desta gestão, aliados à modernização do corredor de exportação, ao aumento da receita cambial e às obras que permitiram ao Porto de Paranaguá retomar a sua posição no cenário mundial, destacou Dividino.
Ele relata que a obtenção da licença de operação do Porto de Paranaguá, emitida em 2013 pelo Ibama, marcou o início efetivo dos projetos e ambientais e também possibilitou intensificar as melhorias em infraestrutura.
A licença 1173/2013 regularizou dez anos de pendências ambientais do Porto. O documento permitiu voltar ao crescimento de forma ordenada e em harmonia com a cidade e com o meio ambiente, reforçou o presidente.
PROGRAMAS – Com o licenciamento ambiental em mãos, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) passou a fazer projetos e ações para proteção do meio ambiente.
Entre as principais ações estão a patrulha da limpeza, os controles da proliferação de vetores e de emergências ambientais, os programas de gerenciamento de tráfego, de resíduos sólidos e efluentes, de ruídos e da água de lastro, o monitoramento da atividade pesqueira, a pesquisa e desenvolvimento de espécies aquáticas invasoras.
