A Feirinha do Largo da Ordem serviu de palco para uma manifestação de jornalistas contra os casos de perseguição, coação para revelação de fontes e ameaças de morte aos profissionais de imprensa. Na manhã de ontem, cerca de 100 profissionais, vestidos de preto e com uma mordaça na boca, caminharam por toda da extensão da feirinha. Eles distribuíram panfletos para alertar a população sobre o que está ocorrendo no Paraná. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor PR) e pelo Sindicato dos Jornalistas do Norte do Paraná. Outras manifestações serão realizadas em várias cidades para que a ameaça aos jornalistas não seja esquecida.
O ato teve início nas ruínas de São Francisco e foi encerrado nas escadarias, local onde o presidente do Sindijor PR, Gustavo Henrique Vidal, agradeceu a adesão da categoria nesta manifestação e deu informes sobre as investigações que estão sendo feitas pelo Gaeco da ameaça de morte ao jornalista da RPC James Alberti, que foi retirado do país pela emissora.

Os próximos passos
A ressaca do chamado massacre dos professores de 29 de abril está demorando para passar para o governo de Beto Richa e para a bancada governista. Mais uma prova disso é que, em plena partida de final do Campeonato Paranaense de Futebol, a torcida dos dois times, Coritiba e Operário fizeram coro contra o governo. Ao mesmo tempo, aliados, com o deputado federal Valdir Rossoni (PSDB) aumentam ainda mai sa tensão, sugerindo a demissão de secretários. Os próximos passos são importante para Richa. Como vai limpar sua imagem? Como manter a base aliada unida? Por isso mesmo, esta semana está lotada de reuniões no staff do governador.

Novo e forte partido
O PPS e o PSB anunciaram na semana passada o início de um processo de fusão das duas legendas. Se for confirmado, o novo partido teria nada mais nada menos que a a quarta maior bancada na Câmara Federal, com 44 deputados federais e no Senado ficaria com sete senadores. No Paraná, o novo partido teria quatro deputados federais — Sandro Alex e Rubens Bueno, do PPS; e Luciano Ducci e Leopoldo Meyer, do PSB e quatro deputados estaduais —Tercilio Turini e Cristina Silvestri, do PPS; e Gilberto Ribeiro e Thiago Amaral, do PSB. Nada mal.

Atrasados em dobro
O plenário da Câmara Municipal volta a analisar prestações de contas atrasadas da Prefeitura de Curitiba na próxima semana. Hoje, será debatido o decreto legislativo 093.00003.2014, referente às finanças do Município em 2006 e, no dia seguinte, o documento sobre as contas de 2007 (093.00002.2014) – ambas do primeiro mandato do ex-prefeito Beto Richa à frente da cidade. As votações fazem parte de um esforço, iniciado ano passado pela Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização, para pôr em dia relatórios emitidos dez anos atrás.