O Governo do Paraná soltou no final da tarde desta quarta-feira (20) uma nota afirmando que quase metade dos estabelecimentos da rede estadual de ensino funcionaram normalmente no dia de hoje. Segundo a Agência de Notícias do Paraná (ANPR), das 2.168 escolas estaduais, 910 funcionaram hoje, sendo 389 com atividades normais e outros 521 parcialmente. 

A APP Sindicato, porém, contesta os número. Segundo o sindicato, 85% das escolas estão fechadas. Além disso, as que abriram hoje teriam funcionado parcialmente. 

A greve dos professores completou 24 dias. O ano letivo já havia começado por atraso por conta de outra paralisação da categoria, que durou 29 dias. Por isso, a Secretaria de Estado da Educação afirma que sua maior preocupação neste momento é com os alunos, pois o conteúdo precisará ser reposto quando a paralisação for encerrada.

Ainda segundo a nota divulgada pelo governo, a secretaria ouvirá todos os 32 Núcleos Regionais de Educação para elaborar os calendários de reposição de aulas, que só poderão ser feitos com o fim da paralisação, quando se saberá o número de dias a serem repostos. A Secretaria da Educação também convidará a APP-Sindicato para participar das definições. 

Provavelmente serão feitos vários calendários, pois cada região e cada escola terá uma realidade diferente, levando em conta que alguns colégios funcionaram normalmente, outros parcialmente e outros paralisaram completamente as atividades. 

Os calendários serão feitos para os alunos, considerando o direito deles de acesso ao conteúdo em cada disciplina, destacou a secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres. A situação dos professores não grevistas será avaliada caso a caso. Se for necessário, serão contratados temporários. O importante é que o estudante tenha acesso aos 200 dias letivos, explicou Ana.

Faltas serão lançadas a partir desta quinta-feira

As faltas dos professores que continuam em greve serão lançadas no sistema de controle da Secretaria de Estado da Educação, chamado Meta, a partir desta quinta-feira (21), informou o Governo do Estado. Os descontos serão feitos a partir do dia 27 de abril, quando foi iniciada a segunda greve da categoria. 

Segundo a secretária de Estado da Educação, professora Ana Seres, as faltas não vinham sendo lançadas, até então, para evitar tratamento desigual, pois alguns diretores estavam repassando o relatório mensal de faltas (RMF), enquanto outros, não. 

Por isso, o governo do Estado concordou em fazer o lançamento das faltas a partir da folha de pagamento de junho.