SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Funcionários do Metrô e da CPTM decidiram, em assembleias realizadas na noite desta terça-feira (26), manter as negociações de reajuste salarial sem a realização de paralisações neste momento.
As duas categorias ameaçavam parar a partir da 0h desta quarta (27). Com as reuniões realizadas nesta noite, elas marcaram para a próxima semana novas assembleias e se não tiver avanço nas negociações a greve.
No caso dos metroviários, a assembleia será na segunda (1º), com possibilidade de greve na terça (2). Já os funcionários da CPTM pretendem se reunir em nova assembleia na terça, com possibilidade de parar na quarta (3).
Os metroviários tiveram uma reunião de conciliação com a empresa na segunda (25) e o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) propôs um aumento de 8,82% à categoria – 7,21% do IPC/Fipe (de maio) e mais 1,5% de reajuste real. O mesmo aumento seria aplicado para vale-refeição, vale-alimentação e PLR (Participação nos Lucros e Rendimentos).
O percentual é superior ao 7,21% proposto pelo Metrô e inferior ao reivindicado pelos funcionários, que apontam reajuste de 18,64%. Os representantes da empresa se comprometeram a discutir a proposta até a próxima semana, quando acontecerá uma nova audiência de conciliação.
O último reajuste salarial dos metroviários, de 8,7%, ocorreu no mês de junho do ano passado.
CPTM
Os funcionários da CPTM tiveram nesta terça uma nova audiência de conciliação, onde representantes da empresa apresentaram uma nova proposta de reajuste, de 7,72% – 6,65% do IPC/Fipe (de março) mais 1% de produtividade sobre esse valor.
O percentual foi maior que o proposto anteriormente, de 6,65%, mas inferior aos 8,25% propostos pelo TRT no último encontro e do que está sendo pedido pela categoria – 7,89% mais 10% de aumento real.
Na assembleia, os funcionários rejeitaram a proposta da CPTM e decidiram por uma contraproposta de reajuste de 9,29%. Apesar disso, os sindicatos da categoria entenderam que as negociações progrediram.
“Como o tribunal conseguiu reabrir as negociações e já tem nova data para audiência de conciliação, uma greve agora poderia que nossos objetivos não são salariais e sim política”, disse Izac de Almeida, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana, responsável pelas linhas 8 e 9.
Nova reunião de conciliação da categoria está marcada para o dia 2. Uma nova assembleia acontecerá na noite do mesmo dia para decidir sobre uma possível paralisação a partir do dia seguinte.
O último reajuste da categoria, que tem data-base em março, aconteceu em maio do ano passado e foi de 7,5%. Na ocasião, o acordo com os funcionário foi fechado no dia anterior ao marcado para iniciar a greve da categoria.