SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Comentarista da TV Globo, o ex-jogador Walter Casagrande Júnior, 52, sofreu um infarto nesta sexta-feira (29) e foi levado ao hospital da Amil, em Alphaville, na Grande São Paulo.
Ele sentiu fortes dores no peito enquanto se encaminhava para uma agência bancária, com um dos filhos.
Após o primeiro atendimento, o ídolo corintiano foi transferido ao hospital Total Cor, em São Paulo. Lá, passou por um cateterismo e uma angioplastia (exame que determina localização da obstrução coronária e tratamento não cirúrgico desta obstrução, respectivamente).
Segundo pessoas próximas ao ex-jogador, Casagrande passa bem e deve permanecer no hospital nos próximos dias. O estado do comentarista é estável e evoluindo positivamente, segundo o hospital.
Ele deve ficar em observação na UTI por 48 horas e, depois, ir para um quarto.
BIOGRAFIA
Casagrande defendeu o Corinthians nas décadas de 80 e 90, quando fez parte do período conhecido como Democracia Corinthiana. Também atuou por Caldense, São Paulo, Flamengo, Porto (Portugal) Ascoli e Torino (Itália), além de defender a seleção brasileira na Copa do Mundo de 86, no México.
Em 2007, o ex-jogador foi internado por dependência de drogas e ficou afastado das atividades na televisão por quase dois anos. Superado este período, lançou o livro “Casagrande e Seus Demônios”, no qual relata sua luta contra o vício.
O uso de doping no futebol, os dias de luta na Democracia Corinthiana, overdoses provocadas por uso de cocaína e heroína e o período de mais de um ano internado em uma clínica de reabilitação são detalhados em sua biografia, lançada em 2013.
No livro, o ex-jogador e comentarista da TV Globo conta em detalhes sua trajetória no Corinthians e na seleção brasileira, o uso e de drogas injetáveis e as consequências dele e o sistema quase prisional da clínica em que viveu.
O episódio da internação foi resultado de um acidente de carro em 2007, quando o ex-jogador dormiu ao volante e se envolveu em uma batida com outros seis carros em São Paulo.
O livro conta que, durante sua fase mais pesada, em uma noite cheirava três carreiras de cocaína, aplicava heroína na veia e fumava um cigarro de maconha, tudo acompanhado de tequila.
Durante sete dos 13 meses em que esteve na clínica, Casagrande ficou sem contato com amigos e parentes.
Longe das drogas, o ex-jogador conta na biografia que leva uma vida totalmente diferente, distante das noitadas e com um restrito círculo de amizades.