Um piloto que mora em Curitiba ficou ferido e foi preso ao fazer um voo particular na cidade de Satipo, no Peru. Asteclínio da Silva Ramos, de 28 anos, foi contratado por um conhecido de um amigo que mora na Bolívia para fazer o transporte particular. Segundo o advogado de direito penal internacional contratado pela família Rodrigo Faucz, equipes do exército, que estavam em um helicóptero, suspeitaram de tráfico de drogas e abriram fogo contra a aeronave que Asteclínio pilotava. As informações são do site G1.

Com os disparos, o avião caiu em uma área de mata e, em seguida, foi revistado pelos atiradores. Ainda de acordo com o advogado, as equipes não constataram nenhum resquício de drogas e, em seguida, prenderam o piloto.O Ministério das Relações Exteriores, no entanto, diz que a Embaixada do Brasil, em Lima, foi informada pelas autoridades peruanas no dia 17 de abril sobre a prisão de Asteclínio por estar pilotando aeronave que seria utilizada para transporte de quantidades e drogas destinadas ao tráfico internacional.

Um colombiano, que não teve o nome divulgado, era passageiro da aeronave e também ficou ferido e foi preso. O paranaense não conhecia o colombiano, segundo Faucz. O caso está sendo investigado pelas Forças Armadas do Peru.
“Nós não entendemos ainda o porquê de terem aberto fogo contra essa aeronave e de terem efetuado a prisão. Meu cliente nunca se envolveu com qualquer situação ilícita”, relatou o advogado, que declarou ainda que Asteclínio concluiu o curso de piloto civil em 2013.

Asteclínio teria ido até a Bolívia para verificar a possibilidade de cursar medicina, já que o curso é referência no país. O homem que o contratou fez o pagamento adiantado do serviço, explica Faucz. “Esse conhecido de um amigo dele soube que ele era piloto e resolveu contratá-lo. Meu cliente não questionou, nem sequer estranhou, e aceitou fazer o voo”. A princípio, Asteclínio tinha sido contratado para levar algumas pessoas para diferentes localidades do Peru. Rodrigo Faucz disse ainda que o piloto decolou com o colombiano de Santa Rosa, na Bolívia, em direção ao Peru. “O avião pousou em Satipo para pegar um terceiro passageiro, mas ele não estava no local. Foi então que os atiradores derrubaram a aeronave. Isso não deu nem dois minutos depois da decolagem”, acrescenta Faucz.