A crise não parece ter derrubado o espírito festeiro do brasileiro que, no ano passado, gastou R$ 16,8 bilhões com festas — que inclui casamentos, formaturas, aniversários, celebrações de debutantes e eventos corporativos. O montante é 6,3% superior a 2013, segundo estudo conduzido pelo Data Popular a pedido da Abrafesta (Associação Brasileira de Eventos Sociais).

A Abrafesta divulgou na semana passada a mais recente pesquisa do setor, ‘O Mercado de Eventos Sociais: indicadores sobre a oferta e a demanda’, elaborada pela Data Popular. O estudo aponta que o mercado de festas e cerimônias cresceu nos últimos anos e estima-se que tenha atingido R$ 16,8 bilhões no ano passado.

A Região Sudeste foi responsável por metade dos gastos com festas e cerimônia, com R$ 8,6 bilhões, seguido pelo Nordeste (R$ 3 bilhões), Sul (R$ 2,9 bilhões), Centro-Oeste (R$ 1,3 bilhão) e Norte (R$ 1 bilhão). Somente os eventos ligados a casamentos ultrapassaram a marca de um milhão por ano no País.

Com mais renda e maior acesso a serviços, as regiões Sudeste e Sul têm a maior taxa de casamento formal. Os casamentos civil e religioso chegam a 70% no Sudeste e a união consensual a 30%. Já no Sul, 66% e 34%, respectivamente. No Nordeste 58% (casamentos civil ou religioso) e 42% (união consensual).

O mercado de eventos sociais no Brasil é altamente maduro e registra uma demanda crescente em todas as regiões do país. As empresas prestadoras de serviços estão cada vez mais atentas as necessidades do mercado e em busca de novas tendências e produtos diferenciados, diz Ricardo Dias, presidente da Abrafesta.

Os eventos mais aquecidos do setor são os casamentos — o Brasil registra mais de 1 milhão por ano — e as festas de debutantes são crescentes entre as meninas — com um potencial de dois milhões de pessoas por ano. O mercado de eventos sociais no Brasil é altamente maduro e registra uma demanda crescente em todas as regiões do país, observa Ricardo Dias, que assumiu como presidente da Abrafesta na semana passada.


Potencial de eventos no País

Casamentos
– As faixas etárias que concentram o maior potencial de casamentos ocorrem na faixa entre os 20 e 39 anos. Esta faixa etária concentra 75% dos matrimônios realizados no País, m média, de acordo com o levantamento que utilizou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE.

– Os solteiros nestas faixas etárias (20 a 39) movimentam hoje no Brasil aproximadamente R$ 793 bilhões. Sendo que somente a classe média movimenta R$ 328 bilhões.

Debutantes
– As festas de 15 anos são comuns entre as meninas. É um mercado com potencial de dois milhões de pessoas ao ano. No Brasil cerca de 1,8 milhão de meninas farão 15 anos em 2015. E a massa de renda das famílias com meninas nesta idade chega a R$ 4,3 bilhões no país

– A maior parte das meninas de 15 anos pertencem a classe C (com 894.639), 50% do total. Classes D/E (com 606.938) e 34% do total. E, por último as classes A/B (com 282.519) com 16% do total

Universitários
– O número de universitários cresceu fortemente, ampliando a demanda por festas de formatura: são quase 7 milhões no Brasil. Cerca de 6,8 milhões estão atualmente cursando algum curso de graduação no país. A massa de renda das famílias com jovens na graduação chega a R$ 30 bilhões

– Os jovens cursando a universidade em sua maioria são das classes A e B (47%), seguido da Classe C (46%), D/E (7%)