Oficialmente pertence ao estado grego de Ciclades, um grupo de ilhas do mar Egeu, que formam um círculo em torno da antiga Grécia: Delos. Nos anos 50 era pobre e calma e os poucos turistas curtiam tavernas simples, bebiam ouzo e se deliciavam com a comida de receitas tradicionais, escolhida nos panelões das cozinhas, como já não se vê mais.

Hoje a pequena ilha é conhecida como Saint Tropez da Grécia, reduto de gays, com praias de nudismo, vida noturna movimentada e comércio de marcas internacionais, junto às joalherias famosas como Ilya Lalaounis. E, pasme, até uma sofisticada loja da marca carioca especialista em roupas de praia, Osklen.

Fotos: Dayse Regina Ferreira

Hotéis seguem a fórmula branco+azul e combinam perfeitamente com a paisagem

Casinhas brancas com portas e janelas azuis, repetem as cores da bandeira grega. Hibiscos e trepadeiras em rosa, vermelho, fúcsia. Gatos por todos os lados, um pelicano que já é marca da ilha e deve estar na décima quinta geração de Petrus. Lojinhas de besteirinhas e pequenas lembranças, mas também jóias de preços que podem chegar a 50 mil euros. É o cosmopolitismo da globalização, atacando na raíz a velha e boa tradição dos povos.

De aldeia de pescadores, Mykonos agora é o principal destaque no turismo grego. Daí que não faltam os bares com estilo de comida americana, refrigerantes de acordo e aquelas camisetas de gosto duvidoso, com os devidos bonezinhos. O turismo é internacional– o que hoje se traduz por hordas de chineses por todos os lados.


Restaurantes simpáticos, cozinha de produtos da terra, ouzo, retsina: para que mais?

E idosos, de todos os tipos e raças, saídos dos navios de cruzeiros, que aportam quase diariamente na pequena cidade, deixando cada um cerca de 4 mil velhinhos de uma vez. São paradas de algumas horas, tempo de experimentar um suco de romã ou aquele refrigerante famoso, de gosto de remédio, para seguir viagem no navio-cidade, seus shows, seu cassino, seu spa.

Quem fica são os mais jovens, que viajam nos ferrys, carregam mochilas e pequenas maletas de rodinhas (o que é altamente recomendável) e se hospedam nos pequenos hotéis em que foram transformadas as residências grudadas na encosta da rocha. Os grupos, esses são obrigados a ficarem longe do centro da cidade, onde estão os hotéis maiores, tipo resort.


A primavera ainda não acabou, a alta temporada não começou, mas as filas para os ferrys que levam às ilhas já são imensas

ARQUITETURA E RELIGIÃO
Ortodoxos, os gregos construíram 400 pequenas igrejas na ilha. A mais famosa de todas é a Paraportiani, dedicada à Virgem Maria, combinando estilos bizantino, vernacular, tradicional e ocidental na construção assimétrica, que combina cinco igrejas em uma.

As casas pintadas de branco refletem os raios solares, o que é importante no verão, quando as temperaturas sobem como no deserto. Como a ilha também é muito seca, a forma quadrada das casas e o pátio que substitui o telhado, ajudam a acumular água de chuva, que corre diretamente para as cisternas construídas na base .Água que vai servir depois para irrigação e limpeza.


Um toque de vermelho, para combinar com as trepadeiras e o branco das casas

Para Alefkandra se dirigem todos os que gostam de galerias de arte, bares mais elegantes e discotecas, ao lado de tavernas devidamente repaginadas. Era a região onde antigamente os capitães de navios construíam suas casas, com varandas dando vista para o mar. Hoje o nome é Little Venice, lembrando Veneza, com seus cafés, restaurantes, ponto de encontro de todos na hora do pôr do sol.

Mas o símbolo de Mykonos continua sendo o morro onde estão moinhos de vento, usados no passado para moer trigo e cevada, aproveitando que ali o vento é sempre forte e sopra o ano todo. Não funcionam mais, mas servem de motivo para boas fotos.


Produtos naturais enchem de colorido os pratos típicos, como a salada grega famosa

PRAIAS
É fácil chegar até as praias, tanto públicas quanto isoladas, por meio de ônibus coletivos ou táxis. Há praias para todos os gostos: para praticar esportes aquáticos, praias de areia, de seixos rolados, de rochas. As mais famosas são Psarou, Agios Stephanos, Platy Gialos e Kalafatis. Os mais ousados procuram Paranga, Elia e Paradise, e os nudistas vão direto para Super Paradise.

Todos os que gostam de viajar, gostam de provar a culinária de cada lugar. Mykonos é perfeita para experimentar mostra, gavros marinatos, octopus grelhado, camarões e mexilhões estilo saganaki. Na sobremesa, amygdalota, doce feito com amêndoas. Para bebida sem álcool, a soumada.


Da renda na janela…

VIAJANDO SÓ OU EM EXCURSÃO
Jovem ou idoso com disposição, podem enfrentar perfeitamente uma viagem solo para as ilhas. Basta chegar ao porto de Atenas, comprar bilhete nos ferrys . Há um, chamado de alta velocidade,- Express Ferry -, com capacidade para 450 pessoas, que faz a viagem na metade do tempo entre a capital grega e Mykonos. O ferry boat normal é bem maior, leva mais gente e também tem a viagem com duração de tempo dobrada.

Como as ilhas recebem um incrível número de turistas na temporada, há serviços para todos. Desde o ônibus no porto que leva gratuitamente os visitantes a todos os hotéis, como todo tipo de informação turística, táxis para qualquer serviço (festas de casamento, grupos, viagens isoladas para toda ilha), coletivos de tarifas baixas, sempre lotados.


À renda do portão e escadaria ao sol

Lanchonetes e tavernas oferecem todos os tipos de fast-food, para quem não consegue viver sem um cachorro-quente e um refri ou, pelo menos, um sanduíche de pão árabe com aquela carne em camadas, assada no espeto vertical. Para ficar no centro da cidade, convém fazer reserva de hotéis com antecedência na alta temporada. Mas o serviço de informação turística também se encarrega de arrumar quartos para os desavisados.

Quem não está com vontade ficar consultando tabela de preços, tabela de horários, contratar táxi ou comprar passagem de ônibus e ferry, melhor comprar um pacote organizado por operadora especializada. É quem entende do assunto, oferece ônibus confortável para os que se dirigem ao interior do país, onde estão os lugares e monumentos históricos (Meteora, Termopilas, Micenas, Olympia, Delos), ou às ilhas principais (Mykonos, Santorini, Delfos, Patmos e tantas outras).


Moinhos do passado são agora cenário para fotos e cartão postal de Mykonos

Guias especializados, chofeurs treinados para dar apoio aos passageiros, bons hotéis de quatro e cinco estrelas, programas especiais em cada cidade, excursões bem escolhidas aos principais atrativos de cada lugar, são vantagens de uma excursão como as que são organizadas pela Globus, por exemplo. Outra – e grande vantagem – é o pagamento em reais, pagos muitas vezes em parcelas, oferecidos até incluindo roteiros e passeios extras, deixando o cartão de crédito ou os euros para despesas locais, sem maiores preocupações.

Procure informações sobre as viagens Globus com seu agente de viagens ou veja detalhes com a Exqape, operadora que comercializa os produtos da Globus Family of Brands (Globus, Cosmos, Monograms, Avalon). As três primeiras marcas são para viagens terrestres, Avalon é especializada em cruzeiros fluviais. E a tradição de serviços é suíça.


Repaginada, Alefkandra ficou conhecida como Little Venice e faz o charme de Mykonos


De vila tranquila de pescadores, Mykonos se tornou o principal destino dos turistas


Pôr do sol na Grécia é sempre um espetáculo único, emocionante