O líder da bancada do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno, assinou ontem um documento que requer que a Casa apoie moção em favor da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal no Paraná, especialmente no que toca aos procedimentos da Operação Lava-Jato, que tramita na 13.ª Vara Federal Criminal do Paraná. A moção faz referência direta ao titular da 13.ª Vara Federal Criminal do Paraná e encarregado de conduzir os processos da Operação Lava Jato, juiz Sergio Moro. Na opinião de Bueno, Moro, de reputação irretocável, vem sendo atacado pelo PT que tenta desacreditá-lo junto à opinião pública. A Operação Lava Jato tem como pivôs o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Ambos tem relatado ao juiz Moro uma série de fatos que envolvem a corrupção instalada na Petrobras. Esta semana, o presidente do PT, Rui Falcão, coordenador-geral da campanha de Dilma Rousseff à reeleição, acusou Moro de violar a delação de Youssef e de Costa.

Respaldo
Segundo o texto da moção, a publicidade dos atos processuais garante à sociedade a possibilidade de acompanhamento e fiscalização da atuação do Poder Judiciário e do Ministério Público Federal. O PT e o governo não querem que as informações dos réus cheguem à imprensa e ao conhecimento das pessoas. O juiz Sergio Moro já afirmou que o que já foi revelado não se trata de vazamentos organizados e sim de dados e relatos de interesse público e que devem ser transmitidos ao país. Para ele, o Parlamento deve dar todo o respaldo às investigações

Dilma em novo horário
A visita da presidente Dilma Rousseff a Curitiba na próxima sexta-feira, mudou de horário e será a partir das 13 horas. O ato público deve ter concentração na Praça Santos Andrade, seguido de caminhada. Inicialmente, a data estava marcada para quarta-feira, foi adiada para sexta, às 11 horas e agora o horário foi adiantado para às 13 horas. Essa é a primeira visita de Dilma Rousseff durante o período eleitoral.

De verdade
O vice-presidente da república Michel Temer (PMDB), candidato à reeleição na chapa da presidente Dilma Rousseff (PT), vai se reunir com membros do PMDB do Paraná amanhã, logo depois da caminhada do ato público da petista no Centro de Curitiba. O senador Roberto Requião (PMDB), coordenador da campanha de Dilma no estrado, convocou quem ele chamou de peemedebistas de verdade para a reunião com Temer às 14 horas na sede do partido, em Curitiba, na Rua Vicente Machado. Requião se referiu aos membros do partido que apoiam a candidatura de Gleisi, já que grupos dissidentes não participam da campanha petista no Paraná.

Rebelião
Candidata derrotada ao governo do Estado no primeiro turno, a senadora Gleisi Hoffmann (PT), divulgou ontem nota comentando a rebelião na Penitenciária Industrial de Guarapuava, que segundo ela, seria 21ª ocorrência dessa natureza no Paraná somente este ano. A petista argumenta que durante a disputa eleitoral do primeiro turno, o governador chegou a afirmar que as rebeliões tinham cunho político e não refletiam problemas de sua gestão no trato da segurança pública. Será que o governador mantém seu posicionamento mesmo depois de sua reeleição?, questionou a senadora.

Não desceu
Falando em PT, os caciques do partido no Estado não engoliram a decisão do ex-senador Osmar Dias (PDT), de só se afastar do cargo de vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil para fazer campanha para Dilma no segundo turno da eleição presidencial no Estado. Os petistas contavam com o apoio de Osmar para atrair votos para Gleisi na disputa pelo governo. Mas o pedetista se recusou a participar da campanha da senadora, alegando que em razão da legislação e do estatuto do banco, estaria impedido disso.

Pedestal
Já adversários do PT apressaram-se a ironizar a atitude do ex-senador. Segundo eles, além de não dar a menor bola para a candidatura de Gleisi ao governo, Osmar só resolveu descer do pedestal e se afastar do cargo para apoiar Dilma por interesse próprio, já que se a petista não for reeleita, ele corre grande risco de ficar sem o emprego no governo federal.

Dívida ativa
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa aprovou ontem parecer favorável a projeto do governo que estabelece novas regras para a cobrança judicial e extrajudicial da dívida ativa do Estado, das autarquias e das fundações públicas. Atualmente, essa cobrança é obrigatória sempre que a dívida for mais que 80 Unidades Padrão Fiscal do Paraná (UPF), o que equivale hoje a pouco mais de R$ 6 mil no caso de débitos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), ou 30 UPFs – ou R$ 2.258,40 – no caso de dívidas de outra natureza.

Em alta
A ORQUESTRA INSTITUTO GPA, formada por jovens carentes entre 12 e 21 anos de idade, vai se apresentar no Carnegie Hall, em Nova York, no dia 28 de novembro às 19h30, no Liberty Science Center, dia 23, e no Metropolitan Museum of Art, no dia 24.

Em baixa
O NÍVEL DO MAR aumentou 20 centímetros nos últimos 100 anos, um fenômeno sem precedentes em milênios, mostra estudo divulgado ontem na Austrália. O aumento incomum coincide com o processo de industrialização sofrido no planeta no mesmo período.