SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente da Indonésia, Joko Widodo, prometeu nesta quarta-feira (1º) que fará uma “revisão fundamental” das aeronaves da Força Aérea e do sistema de Defesa do país. A fala ocorre um dia após mais de cem pessoas morrerem devido à queda de um avião militar antigo na cidade de Medan.
“Nós não podemos continuar apenas comprando armas, precisamos pensar nosso sistema de armas”, disse Widodo. “A nossa indústria de Defesa deve estar envolvida desde o princípio no design, na produção, nas operações, na manutenção e na eliminação de armas antigas.”
Nesta terça (30), uma aeronave modelo Hércules C-130B caiu pouco após a decolagem, com 122 pessoas a bordo, sobre uma área residencial em Medan, terceira maior cidade do país e capital da província de Sumatra do Norte. A queda do avião provocou um incêndio em casas e carros e matou várias pessoas em solo, além dos passageiros e tripulantes.
Um porta-voz das Forças Armadas disse que, no total, 135 pessoas morreram no acidente. Segundo o canal MetroTV, no entanto, 141 corpos teriam sido levados para um hospital na região.
As autoridades investigam as causas do acidente. O chefe da Força Aérea, Agus Priatna, disse que o avião, que operava desde 1964, pode ter sofrido um “problema mecânico” porque o piloto tinha pedido permissão para retornar à base pouco após a decolagem.
O acidente desta terça pode ser o mais mortífero de uma Força Aérea com um longo histórico de problemas. Segundo o serviço Aviation Safety Network, na última década houve dez acidentes fatais envolvendo aeronaves militares ou da polícia na Indonésia.
Em setembro de 2005, 143 pessoas morreram quando um Boeing 737 da companhia aérea Mandala Airlines caiu em uma área residencial de Medan pouco após a decolagem.