O primeiro turno se foi… pouca saudade vai deixar aos coxas. Muita vontade de reviver aos atleticanos e os paranista continua na fase mais ou menos.
Não dá para bancar o vidente e cravar um campeão. Eu me lembro que, mesmo terminando o primeiro turno, falava para entregar a taça ao Cruzeiro nos dois anos passados. Mas, agora, com essa pontuação tão apertada e um nível tão baixo, ainda não vou torrar apostas em qualquer um com dez ou menos pontos atrás do líder. Quando o Corinthians estava caindo de produção, Luciano voltou da seleção de base, substituiu o erro corintiano chamado Vagner Love e desandou a fazer gols. O Atlético Mineiro vive um mal momento e o Grêmio está passando aquele momento que não se sabe ainda se é sorte do novo técnico, ou se realmente Roger encontrou o bom futebol do tricolor gaúcho. O cavalo paraguaio atende pelo nome de Sport Clube do Recife. Está na sétima colocação. O Palmeiras viveu a euforia do Marcelo Oliveira. O São Paulo e o Fluminense se encaixam na teoria dos times que perdem pra si mesmos. Qualquer um destes ainda pode ser campeão.

O Atlético Paranaense me dá esperança na vaga para a Libertadores por dois motivos: O primeiro é o técnico Milton Mendes. Chega cedo, vai embora tarde, além de morar no CT e ter como Trabalho seu sobrenome. Dedicado, atencioso com seus atletas, sabe conduzir e deve ser amigão dos jogadores, em gols como aquele aos 50’ do segundo tempo, o bolinho de gente que o abraça é de se notar a união do grupo. Sem tirar a figura emblemática, com suas frases impagáveis e folclóricas. Já é nosso personagem sócio no programa Show de Bola. O segundo motivo é o time, que se comparado ao elenco dos brasileiros na atualidade, não tem craques, mas que juntos, fazem um futebol consistente e que mesmo perdendo, não deixa de dar muito trabalho aos adversários. O Atlético tem como base o coletivo, só precisa acertar a mão em alguns pontos, principalmente do ataque. Tem jogos que encanta e outros que a bola não chega, só o Walter joga e os principais ajudantes do ataque, como Nikão e Marcos Guilherme, somem. Os adversários já estão sabendo o esquema de jogo do Furacão, que precisa se reinventar para o segundo turno, mas tem um conjunto bom e capaz de conquistar uma das vagas na Taça Libertadores.

Ao Coritiba, nem título e nem a vaga na Libertadores. A Copa do Brasil pode até melhorar o fraco histórico do time no ano, mas ao que tudo indica, não será prioridade do técnico Ney Franco. Escapar do rebaixamento e planejar melhor 2016 parece a tônica, de uma diretoria que brigou internamente, montou muito mal o time para a temporada, contratou o técnico desgastado Marquinhos Santos e o torcedor espera que eles tenham aprendido com as cabeçadas na parede do Alto da Glória. Perguntas que não calam este cronista: Até quando jogadores como Keirrison vão receber salário sem trabalhar efetivamente¿ Até quando jogadores como Kleber Gladiador e Wellington Paulista virão com a desculpa esfarrapada de jogar no Coritiba e na verdade vestirem a camisa, recuperar o seu nome sujo na praça para voltar a jogar no eixão¿ É um filme que a gente aqui na cidade já viu várias vezes e que estes senhores principiantes caem. É a velha pegadinha do ex-craque.

O que o Paraná tem de bom¿ O técnico Fernando Diniz. Mostra seu talento no comando do time, que só precisa encaixar uma boa sequência e achar um homem gol. É bonito ver o Paraná jogar.

 Mauro Mueller é apresentador do Show de Bola da Rede Massa, radialista e ator