SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um vídeo feito com um telefone celular e publicado no Youtbe na última segunda-feira (24) colocou o presidente boliviano, Evo Morales, numa saia justa.
Nele, o mandatário aparece pedindo a um assessor que amarre o cadarço de seu sapato antes de entrar em uma cerimônia num ginásio de esportes. O membro de sua equipe então se abaixa e, durante dez longos segundos, faz um laço no cadarço. As imagens causaram rebuliço nas redes sociais.
“E dizem amar o povo… E o humilham de muitas formas”, escreveu o usuário do Twitter que se identifica como “Davicho”.
Opositores pegaram carona no vacilo do presidente. “Evo ordena que amarrem seu sapato. Esta é a igualdade que ele promove com o socialismo do século 21”, disse o ex-candidato presidencial Samuel Doria Medina em sua conta no Facebook.
Medina publicou ainda uma foto do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, amarrando o próprio sapato e escreveu: “nem todos que detêm o poder cometem abusos”.
O senador Arturo Murillo, da opositora Unidad Demócrata (UD), classificou a atitude do presidente com um “ato de humilhação”.
Primeiro, o governo sugeriu que o vídeo fosse uma montagem. Nesta quarta (26), contudo, Evo assumiu a ação e negou que tenha pedido ao assessor para amarrar o cadarço.
“Estava saudando [as pessoas] e, de relance, vi que meu calçado estava desamarrado. Mas estava saudando, e, imediatamente, ele apareceu amarrando os meus sapatos… Neste dia, eu tinha três eventos”, disse, em coletiva de imprensa.
“Que culpa eu tenho se alguns oficiais são solidários ou muito atentos, e por respeito e carinho ajudam seu presidente?”, questionou. “Construímos uma grande amizade.”