ISABEL VERSIANI
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Com as receitas em queda por causa da retração da atividade econômica e diante de um aumento do gasto com subsídios, o governo federal fechou o mês de julho com um deficit de R$ 7,2 bilhões em suas contas.
No ano, o saldo está negativo em R$ 9,1 bilhões, o equivalente a -0,27% do PIB. Foi o primeiro deficit primário para o período desde o início da série do Tesouro, em 1997.
De janeiro a julho, as receitas do governo federal caíram 3,7%, já descontado o efeito da inflação. No mesmo período, as despesas ficaram praticamente estáveis, com variação de 0,4%
O governo federal tem como meta fazer uma economia para o pagamento de juros de R$ 5,831 bilhões no ano.
Incluindo também o resultado de Estados e municípios, o objetivo é cumprir um superavit primário de R$ 8,747 bilhões, o equivalente a 0,15% do PIB.
SUBSÍDIOS
As despesas com subsídios mais do que triplicaram em 2015, em meio a um esforço do governo para colocar em dia despesas que foram postergadas nos anos anteriores depois que a prática foi questionada pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
Em julho apenas, houve uma concentração de pagamentos no valor de R$ 7,2 bilhões, o que explica boa parte do deficit do mês.
No acumulado do ano, o gasto ficou em R$ 18,8 bilhões, alta de 205% acima da inflação.