Sete parlamentares paranaenses estão entre os Cabeças do Congresso, segundo lista divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). A lista inclui os três senadores do Estado – Alvaro Dias (PSDB), Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB), e quatro deputados: Alex Canziani (PTB), Luiz Carlos Hauly (PSDB), Ricardo Barros (PP) e Rubens Bueno (PPS).

Protagonistas
Os Cabeças do Congresso Nacional são, na definição do DIAP, aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício de todas ou algumas das qualidades e habilidades aqui descritas. Entre os atributos que caracterizam um protagonista do processo legislativo, destacamos a capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e formulações, seja pelo saber, senso de oportunidade, eficiência na leitura da realidade, que é dinâmica, e, principalmente, facilidade para conceber ideias, constituir posições, elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão e tomada de decisão.

Dívidas
A bancada de oposição na Assembleia Legislativa apresentou ontem um projeto de decreto legislativo para sustar o decreto do governo estadual que reduz o limite para pagamento das Requisições de Pequeno Valor de R$ 31,5 mil (40 salários mínimos) para R$ 13,8 mil. A oposição sustenta que o decreto editado pelo governo no último dia 7 é inconstitucional pois retirou a competência do Poder Legislativo, violando o princípio constitucional da separação dos poderes. A bancada alega ainda que a redução do limite para pagamento de obrigações de pequeno valor sem justifica plausível contraria o interesse público. A Constituição Federal é muito clara: a alteração do limite para pagamento das RPVs só pode ser feita por meio de lei formal, criticou o líder da oposição, deputado Tadeu Veneri (PT). Ao todo, dezesseis deputados assinaram a proposta.

Reintegração
O líder do governo na Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli reassumiu ontem a 2ª vice-presidência do diretório estadual do PMDB. Ele recuperou o cargo na Justiça, revertendo decisão da Executiva Estadual, comandada pelo grupo do senador Roberto Requião, que havia baixado resolução afastando os filiados que ocupassem cargos no governo Beto Richa.

Petrobras
Proposta da vereadora Professora Josete (PT) para que a Câmara Municipal de Curitiba promova uma audiência pública para discutir a defesa da Petrobras causou polêmica na sessão de ontem. A discussão foi tão extensa que o requerimento não pode ser votado, pois foi encerrado o tempo da sessão. O vereador Valdemir Soares (PRB) criticou o texto do pedido, alegando que ele dá margem para que seja realizado um evento de apoio a pessoas investigadas pela Operação Lava Jato, que investiga denúncias de corrupção na estatal. Isso pode dar a impressão de que a Câmara quer tomar uma posição com uma vinculação política, argumentou.

Estratégia
Josete rebateu as críticas ao afirmar que o debate não pode ser resumido a um escândalo de corrupção. Ela admitiu que a Petrobras vive uma crise, mas defendeu o papel estratégico da companhia e das reservas do pré-sal, bem como a tecnologia envolvida na extração do petróleo de águas profundas. Alguém aqui discorda dessa importância?, questionou. Toda corrupção deve ser apurada, mas precisamos reconhecer a grandeza desta empresa, cujos resultados interferem até mesmo no nosso PIB, defendeu Jonny Stica (PT).