GABRIEL MASCARENHAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O STF (Supremo Tribunal Federal) negou nesta quarta-feira (7) um pedido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para retirar da Justiça Federal no Paraná uma ação penal relacionada à Operação Lava Jato.

Trata-se do processo em que o deputado fluminense foi acusado por um delator de ter recebido propina e um contrato de aluguel de navios sonda, firmado pela Petrobras. A defesa de Cunha argumentava que, como o nome do deputado foi mencionado, a ação teria que passar a tramitar no Supremo, único foro capaz de autorizar investigações envolvendo detentores de foro privilegiado.

Os advogados do presidente da Câmara sustentavam que o juiz federal Sérgio Moro estava tentando investigar Cunha, já que não enviou os autos ao STF após as menções ao nome do parlamentar. Em depoimento a Moro, o empresário Julio Camargo afirmou que Eduardo Cunha recebeu US$ 5 milhões de suborno, referente ao contrato dos navios-sonda.

O ministro Teori Zavascki, relator dos processos originários da Lava Jato que tramitam no STF, já havia negado o pedido da defesa de Cunha. Os advogados, porém, recorreram ao plenário da corte, que manteve a decisão de Teori, por unanimidade.