SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma corte em Jerusalém condenou nesta segunda-feira (30) dois jovens israelenses pela morte do palestino Mohammed Abu Khdeir, 16, ocorrida em 2014, e adiou o veredicto do terceiro envolvido no caso, que comandou a ação. Cerca de 200 pessoas protestaram em frente à corte em protesto contra o adiamento da decisão, tomada em meio a um período de tensão entre israelenses e palestinos. Abu Khdeir morreu queimado em Jerusalém Oriental. O pai da vítima considerou o julgamento uma “mentira”. A corte adiou o veredicto do terceiro suspeito no caso, Yosef Haim Ben David, 31, devido a um apelo de última hora. O advogado de defesa afirmou que seu cliente não está psicologicamente apto a ser julgado. Os dois condenados são menores de idade e não tiveram sua identidade revelada. Segundo o promotor, os réus confessaram ter participado do sequestro e o assassinato. A pena deles não foi divulgada. Extremistas israelenses mataram Abu Khudeir em vingança pela morte de três adolescentes israelenses na Cisjordânia. O episódio deflagrou os eventos que culminaram na operação Margem Protetora, conflito entre Israel e forças da Faixa de Gaza que durou 49 dias entre julho e agosto de 2014. O conflito deixou 73 mortos em Israel, sendo 66 soldados e sete civis, de acordo com o jornal “Jerusalem Post”. O Ministério da Saúde da faixa de Gaza afirma que mais de 2.100 palestinos morreram devido aos combates.