FELIPE BÄCHTOLD
PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – O protesto contra a presidente Dilma Rousseff neste domingo (13), em Porto Alegre, virou um “festival de marchinhas” com letras críticas ao PT.
Durante a maior parte da manifestação, um grupo chamado “La Banda Loka Liberal”, ligado ao Movimento Brasil Livre, tocou em um carro de som suas composições, com letras como “Estamos na rua para derrubar o PT” e “Avisei, vou repetir que o impeachment da Dilma vai sair”.
Cerca de 500 pessoas, na estimativa da Brigada Militar, estiveram no ato organizado no parque da Redenção. Na conta dos manifestantes, o número de presentes foi de 5.000.
A maioria das músicas são paródias de gritos de guerra de torcidas organizadas de futebol, como uma outra que diz: “Petista, me diz como te sentes depois da campanha eleitoral”, inspirada em um sucesso dos estádios criado por torcedores argentinos na Copa de 2014.
Neste domingo, a banda também apresentou uma música em homenagem ao juiz Sergio Moro. “Ele usa capa preta e prende salafrário/Não tem medo de político nem de empresário.”
Criador do grupo, o empresário Tiago Mena, 28, diz que teve a ideia de criar as marchinhas antes do protesto de 15 de março.
“Eu moro ao lado do [estádio] Beira-Rio e às vezes eu me pegava cantando as músicas da torcida do Inter. Percebi que, se fizesse alguma coisa com as letras de torcida de futebol, aquilo ficaria na cabeça das pessoas”, disse.
Divulgadas no Facebook, as músicas do grupo já foram tocadas em outras capitais.
XINGAMENTOS
No carro de som, o grupo também puxou um coro de xingamento ao prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), que prometeu mobilizar prefeitos de capitais pelo mandato de Dilma.
O ato em Porto Alegre não teve passeatas e durou pouco mais de duas horas.
Os organizadores também chamaram para discursar no ato deputados gaúchos, como o presidente do PSDB-RS, Nelson Marchezan, que pediu pressão pelo impeachment sobre “deputados cagões”.