Desde agosto deste ano, 1.281 casos de dengue foram confirmados no Paraná, a maioria nas regiões norte e oeste. Dos 399 municípios do Estado, 86 tiveram casos de dengue confirmados neste cinco meses. Até o momento, pelo menos quatro cidades já estão em situação de epidemia: Munhoz de Mello, Santa Isabel do Ivaí, Itambaracá e Guaraci. Entre agosto de 2014 e julho de 2015 foram confirmados 35.433 casos no Estado, sendo 33.702 autóctones, 1.731 importados, que fizeram 24 óbitos.

O verão é a estação do ano que mais concentra casos de dengue no Paraná. As temperaturas mais quentes favorecem a eclosão dos ovos do mosquito Aedes aegypti. Os ovos geralmente são depositados em água parada e podem sobreviver por mais de um ano à espera de um clima propício para se desenvolver.

Entre os criadouros mais comuns estão vasos e pratos de plantas, garrafas pet, copos plásticos, sacolas, latas e outros materiais recicláveis. Também existem outros vilões que nem sempre estão à vista, como calhas entupidas, ocos de árvores, bromélias e bandejas externas de geladeira.

Cuidados — A chegada do verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. Quem está se preparando para viajar deve redobrar os cuidados para evitar o avanço dessas doenças.

Antes de deixar seu imóvel, o morador deve verificar se não está abandonando recipientes que possam acumular água e servir como criadouro para as larvas do mosquito. É recomendado prestar atenção em espaços que nem sempre são lembrados, como bromélias, ocos de árvores, ralos e coletores de água da geladeira/ar condicionado.

São poucos minutos que fazem toda a diferença no combate ao mosquito. Mantendo a casa sem água parada, você protege sua família e também os seus vizinhos, diz a chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.

As mesmas recomendações devem ser seguidas por quem aluga uma casa na temporada. A chegada deve ser acompanhada de uma vistoria cuidadosa em vasos, baldes, piscinas, vasos sanitários, tanques, garrafas e qualquer objeto que possa juntar água durante a ausência dos moradores, complementa Ivana.

Campanha – Na quarta-feira (23), a equipe da Secretaria Estadual de Saúde distribuiu panfletos com informações sobre o combate ao Aedes aegypti na rodoferroviária de Curitiba. Quem estava chegando ou saindo da cidade recebeu um material educativo com um check-list dos principais locais e objetos que podem se tornar criadouros do mosquito.