Os problemas do transporte coletivo de Curitiba não têm solução de curto prazo e são motivados pela licitação irresponsável feita na gestão passada. A afirmação é do prefeito Gustavo Fruet (PDT), que entra no último ano de seu mandato atual apontando que a crise econômica e política no País deve se agravar em 2016, tornando ainda mais difícil a tarefa dos administradores públicos.

Em entrevista ao Bem Paraná, Fruet assume que é candidato à reeleição, e que pretende usar a campanha para defender sua gestão. Em meio a onda de escândalos de corrupção que varrem o Brasil, ele exibe como argumentos para conquistar um segundo tempo na prefeitura da Capital o fato de sua administração não sofrer acusações de corrupção, e de ter garantido a manutenção de serviços públicos e investimentos em um momento em que outras cidades vivem um situação de apagão administrativo.

Bem Paraná – O que mudou no Gustavo Fruet de janeiro de 2013 para dezembro de 2015?

Gustavo Fruet – Muito. Eu acho que foi um amadurecimento em razão de uma crise que eu não imaginei chegar em um grau de tanta… Serenidade, equilíbrio. Praticamente toda a semana alguma ameaça, chantagem que eu vou contar para a história, não agora. Um momento de intolerância. E pegar uma cidade com a estrutura de administração sucateada a ponto de ter que improvisar reforma de imóvel que nunca foi reformado. Algo que devia ser corriqueiro – troca de janela, troca de telhado – que não era feito. Uma base tributária sem reajuste há dez anos. Um edital e um contrato irresponsavelmente feito sem compromisso com a cidade no transporte público, que não tem solução de curto prazo. Falta de projetos. Ideias têm muitas. Falta de orçamento. Falta de financiamento. E com um passivo de R$ 500 milhões. Então foi uma mudança brutal. O que eu fiz nesse período? Não perdi a alegria e o entusiasmo, que renovo todo dia. Acho que é um privilégio ser prefeito da Capital. Mas procurar manter a equipe em permanente disposição. Várias pessoas não aguentam, e muitos saíram, principalmente servidores de carreira, de funções que tem que assinar ordem de serviço ou alguma liberação. Porque se submetem rapidamente a algum tipo de controle. A prefeitura respondeu mais de 30 mil ofícios do Tribunal de Contas e do Ministério Público. Eu entendo como gestor e político, mas para um servidor de carreira virou uma operação de risco. Isto está engessando a gestão pública. Além de uma legislação que estabelece uma série de exigências e prazos. Mas nesse período, o que mudou muito? Procurar administrar na crise. Essa geração de prefeitos pegou o momento mais desafiador da história recente do País.

BP – Para 2016 a previsão é de que a crise econômica se agrave. Como pretende administrar isso?

Fruet – Primeiro, eu sou realista. Vejo que é comum orientarem o discurso político para sempre ter uma ideia de otimismo. Agora o cenário vai piorar o ano que vem. O grande problema hoje é a economia. O cenário político alimenta os problemas econômicos. Mas quando a economia vai bem, de alguma maneira se administra melhor. Porque eu acho que vai piorar? Aumentar o desemprego, baixo investimento. Eu tenho conversado com investidores estrangeiros. E em Curitiba, este ano, aumentou em mais de 30% a demanda por serviço público. Muitas prefeituras estão fechando serviços. O governo do Estado não investe o necessário para descentralizar determinados serviços no Paraná. E a Capital que já tem um poder de atração, aumenta muito. Estamos tendo um fluxo de famílias maiores. Migrantes internos e externos, estrangeiros. Nós temos que cumprir metas de vagas na educação e na saúde. A demanda é muito maior do que a taxa de crescimento ou do que a taxa tradicional de migração na Capital. Isso vai gerar um grau de tensionamento que é imprevisível no ano que vem. E não se vai ter uma saída sem dor. Eu acho que estamos perdendo vinte anos em dois anos. O desafio agora – é claro que estou determinado em ser candidato – porque entendo que a eleição permite um grau de visibilidade e de debate que hoje eu não tenho. Mas serão poucos os que terão condição de disputar eleição o ano que vem. Vai ser uma eleição muito curta. E o grande desafio meu na prefeitura agora, por isto que não estou antecipando o debate, é procurar manter os serviços e garantir os investimentos que nós começamos a fazer. Meu foco é manter a cidade funcionando.

O grande desafio meu na prefeitura agora, por isto que não estou antecipando o debate (eleitoral), é procurar manter os serviços e garantir os investimentos que nós começamos a fazer. Meu foco é manter a cidade funcionando.

do prefeito Gustavo Fruet (PDT)


Ano eleitoral

Plano inclui entregar muitas obras até março

Bem Paraná – Geralmente o último ano do mandato é quando as obras e projetos deslancham. Com a crise, isso vai ser possível?

Gustavo Fruet – Sim, trabalhamos forte, e felizmente o que está nos ajudando é a gestão fiscal da prefeitura. Nós fizemos desde o primeiro momento. Agora nem o mais pessimista dos economistas podia prever um cenário desse. Mas mesmo assim, temos mais de 350 obras em andamento, e boa parte delas serão concluídas no ano que vem. Nós colocamos todas as obras em dia na cidade. Faltam duas que nós assumimos, houve problema com a construtora e com recurso, que é o terminal Santa Cândida. E a parte superior do viaduta da Affonso Camargo. Mas todas as demais nós concluímos. Com obras novas. Algumas já foram entregues. Só na regional do Tatuquara nós conseguimos investimentos, mais de R$ 170 milhões, boa parte do governo federal e parte da prefeitura. É uma outra cidade dentro de Curitiba. Estamos entregando diversas obras, e temos um número expressivo de entregas até o aniversário de Curitiba, em março de 2016.

Como o cenário de crise vai se refletir na disputa eleitoral?

Fruet – Estou determinado (a ser candidato), mas não vou antecipar não é por retórica. É porque é um cenário que nunca se trabalhou no Brasil. Estamos em uma crise de resultados imprevisíveis. Nunca um país, e não tem referência nenhuma do mundo, em que a presidente e o vice estão sob investigação, seja do Ministério Público, da Justiça Eleitoral, do Congresso. O presidente da Câmara corre o risco de ser preso. O que demonstra a correção e o bom funcionamento da Justiça Federal. O presidente do Senado sob investigação. Como vai ser o cenário da eleição? Vai ser uma eleição plebicitária no plano nacional? Teremos eleições gerais? O governo consegue se sustentar? O impeachment, se não for esse pedido, haverão outros? Lembro que a decisão do TCU tem que ser votada pela Câmara. Vamos trabalhar com o cenário de que até março esse pedido de impeachment seja derrotado. No primeiro semestre, a decisão do TCU será votada pela Câmara. Se a Câmara aprovar o relatório? Então é uma crise sem fim. A não ser que houvesse uma medida muito dura. Uma mudança radical na área econômica.

BP – O que parece improvável hoje.

Fruet – Minha preocupação tem sido ficar focado na questão local. Me afastei do debate nacional e até do regional. Quero garantir que a cidade funcione. Esse é um julgamento que, claro, poderá ser feito no ano que vem. Mas eu também vou avaliar no ano que vem. Estou deixando claro, não estou preocupado com grandes alianças. Não vou repetir – o que para mim é um erro – nas eleições passadas, de quem estava no governo. Até porque a lei eleitoral estabelece um limite para tempo de rádio e televisão. Tem um custo. Tem gente que parece que não aprendeu. É como se a crise fosse só Brasília. Que reproduz de forma cínica os mesmos vícios que condenam em Brasília. Tem pessoas que acham que a prática fisiológica é uma coisa normal da vida pública. Eu estou muito em paz em garantir essa transparência. Deixar muito claro, e não é falso moralismo, não se instalou um sistema de corrupção na prefeitura. Eu não tenho que ficar me justificando. A pior coisa é entrar em uma campanha e ter que justificar algum desvio. Segundo, estamos garantindo a manutenção dos serviços, ao contrário do que vemos em muitas prefeituras e governos. Garantimos investimentos com recursos próprios. Esses três pontos são os pilares para o ano que vem.


Impeachment

É um cenário imprevisível

Bem Paraná – O senhor assinou um manifesto de prefeitos das capitais contrários ao impeachment da presidente Dilma. Porque?

Gustavo Fruet – Nesse momento contra. Não vou ficar de debate ou justificativa. Até porque hoje eu entendo, a sociedade está profundamente revoltada com relação ao PT.  Acho que o PT, se não acabou, vai ter que ser refundado, mas essa é uma discussão que não é minha. Acho que não tem opção sem dor, fácil, em relação à Dilma. Aí a briga é do tempo que eu lembro do Congresso, não é de anjo. E eu tenho consciência que a maior parte da população curitibana é contra o governo e pelo impeachment. Então eu estou tomando todo o cuidado em preservar todos os projetos que nós temos  do governo federal. Mas reitero, é um cenário imprevisível. O cenário amarelo está aceso.

BP – O senhor não teme que a posição contrária ao impeachment lhe traga prejuízos eleitorais?

Fruet – Tem certos momentos na vida pública que a gente tem que tomar uma posição, principalmente na garantia de determinados procedimentos. Tanto que o Supremo estabeleceu o rito do impeachment. É fácil a gente só tomar posição favorável, em sintonia com a opinião pública. A minha preocupação é seu eu adotar uma postura de atitude de desvio de conduta. Aí é fatal.

BP – Como o senhor encarou a decisão do PT de entregar os cargos na prefeitura e lançar candidato?

Fruet – Acho natural, e foi melhor assim. Para mim é um assunto superado, resolvido. O PT que tenha candidatura própria.

BP – A senadora Gleisi Hoffmann reclamou que o senhor nunca demonstrou interesse em manter a aliança com o PT. O PT se tornou um peso?

Fruet – Isso quem fala é que diga porque. O PT, ou alguns setores do PT tem que entender, acho que  quem sofre é o idealista, o militante histórico. Agora nunca um número de dirigentes tão expressivo foi preso ou está sob investigação. Não é possível que não haja um gesto de reconhecimento de que alguma coisa está errada. Tem um projeto de poder? Tem. Qual o custo? Acho que foi além de qualquer possibilidade.

BP – Apesar do afastamento, seus adversários provavelmente vão explorar sua ligação com o PT na campanha.

Fruet – Como exploraram na eleição passada.

BP – Mas na eleição passada o desgaste do partido não era tão grande.

Fruet – Eu deixo isso para os analistas. Dá todo tipo de interpretação. O que eu tenho que dar atenção agora? Evitar desvio de conduta, manutenção e investimento. Eu não sei qual vai ser o cenário da eleição municipal. Se for uma eleição plebicitária é um cenário. Se for a questão local, é outro cenário. Se for discutir o futuro do governador Beto Richa e das alianças dele, é outro. Esse molho, não adianta antecipar. Não posso gastar muita energia nisso.

 

Só em Curitiba que tem estação-tubo, ônibus com plataforma elevada. Em Curitiba tem ônibus que não circulam em outras cidades brasileiras, que custam R$ 1 milhão.

do prefeito Gustavo Fruet (PDT)


Alianças

Não falei com o Ratinho Jr

Bem Paraná – Sem o PT, quais seriam as possibilidades de alianças?

Gustavo Fruet – Existe, mas qualquer sinal que eu dou agora, parece que eu já estou em um processo de diálogo e construção. Evidente que quem está na vida política, ao mesmo tempo que tem essa preocupação prioritária com a gestão, é claro que fica analisando os movimentos, conversando com dirigentes. Isso a gente nunca deixa de fazer. É evidente que eu falo mais com as lideranças locais, um canal cada vez mais forte com a Câmara. Mas de qualquer forma é um cenário que está aberto a algumas composições. Até porque tem outro item que para análise pode ser considerado, algumas pessoas já pensam na eleição municipal tentando criar alguma vinculação para a eleição estadual. Então eu estou também cumprindo um ritual. Antes de tomar qualquer decisão eu procurei o presidente do partido, falei com o Osmar Dias, fizemos a convenção estadual, para que qualquer movimento tenha também a participação e o conhecimento dele.

BP – Fala-se em um suposto acordo entre o senhor e o PSC do Ratinho Júnior, para que o PSC apoie sua reeleição e o senhor a candidatura dele ao governo do Estado em 2018.

Fruet – Eu não falei com o Ratinho sobre isso. Há evidentemente interlocutores que falam. Eu sempre reitero, e tomo esse cuidado, ninguém fala em meu nome. Essa especulação é inevitável nesse momento, como pessoas ligadas ao Ratinho também estão fazendo esse movimento neste momento. Tenho uma relação de excelente respeito e diálogo com a bancada do PSC na Câmara. O presidente da Câmara, vereador Aílton Araújo, do PSC, tem sido de uma postura acima de qualquer suspeita, muito correta. Mas eu não conversei com ele (Ratinho Jr) e não autorizei ninguém a tratar de alguma composição para frente.

BP – Mas também não descarta.

Fruet – Não. Mas eu reitero. Não é que eu não queira tratar do tema. É que o cenário está mudando de forma tão acentuada que o que a gente falar hoje daqui a seis meses eu não sei qual é o comportamento.


 

Ônibus

Reajuste é inevitável

Bem Paraná – O senhor já disse que deve ter um novo reajuste de tarifa de ônibus no início de 2016, até pelo calendário, contrato e o reajuste dos salários dos motoristas e cobradores em fevereiro. Como o senhor acha que isso vai se refletir na eleição?

Fruet – É inevitável. Pelo edital. Tem que ser feito. Pela inflação. (Vou lidar) como tenho feito desde o início, com clareza e transparência. Para quem se dedica ao tema, há o debate de quem conceitualmente defende este ou aquele caminho. Agora há uma conta, metade do custo hoje é folha. Nós tentamos, e acho que para o futuro é implantar cada vez mais o sistema eletrônico, principalmente o cartão. Acho que o futuro ideal é ter 100% o cartão. Isso vai dar melhor segurança, principalmente sob o aspecto financeiro. Desde o início, estabelecendo uma série de medidas. Algumas foram confirmadas pela Justiça, outras não. Nós temos pelo menos quatro instituições que têm acompanhado diretamente o tema, e que por vezes têm posições conflitantes. É caso da Justiça do Trabalho, Ministério Público Estadual e Ministério Público do Trabalho, Tribunal de Contas e Justiça Estadual. Administrando e procurando dar todas as informações para os diferentes setores que querem participar. Alguns com mais profundidade, outros ficam mais na superfície. Agora o sistema mantém os índices de qualidade. Algumas linhas, o desafio em horário de pico. Por isso que nós estamos precisando urgentemente de novos modais em Curitiba. E temos alternativa de lançar o edital do metrô e de um novo projeto em conjunto com o governo do Estado, em especial com a Copel, na Linha Verde, de média capacidade, procurando migrar determinada demanda e procurar uma integração com a região metropolitana. Incentivando no Plano Diretor, os novos eixos de adensamento. Começamos agora a pesquisa de origem e destino que vão muito além de pesquisar usuários dos ônibus. Procurar entender o processo de deslocamento diário da população. Entender que há uma necessidade de compartilhamento do espaço público. Uma cidade, que como no Brasil, cresceu muito rápido o número de veículos. Rapidamente chegamos a um carro por habitante, e a cidade não foi planejada para isso. E esses investimentos hoje, no anel central, são praticamente inviáveis, tendo em vista o custo de desapropriação, que é muito maior hoje do que o custa da infraestrutura. E melhorando a infraestrutura. Entregamos três viadutos, quatro trincheiras, 200 quilômetros de vias. Estamos agora com mais uma etapa da Linha Verde Norte. E com os projetos prontos principalmente do eixo Leste-Oeste e Inter 2. O nó é no preço da tarifa. Criou-se um sistema em Curitiba que é o mais caro do Brasil. É só em Curitiba que tem estação-tubo, ônibus com plataforma elevada. Em Curitiba tem ônibus que não circulam em outras cidades brasileiras, que custam R$ 1 milhão. Isso tudo nós temos que dar clareza. Lembrar que 60% do usuário recebe vale-transporte, e praticamente 15% de isentos. E temos em torno de 25% que efetivamente tem que desenbolsar. Todo o cuidado no período foi estabelecer uma relação com o salário-mínimo para ficar em uma média abaixo do que a gente vê em qualquer capital. Agora é natural que isso virou um símbolo e tem um debate político que vai se estender em qualquer eleição. Deixar claro que a prefeitura coloca subsídio, este ano vai chegar a R$ 100 milhões. E que ninguém ajuda a cidade. Sem apoio de nenhum governo com relação à tarifa. Lembrando que após a licitação estabeleceram o subsídio e esse subsídio não existe mais.

BP – Por mais que a responsabilidade seja compartilhada com o governo do Estado, o fato é que o fim da integração do transporte ocorreu no período em que o senhor está à frente da prefeitura. Teme ficar marcado por isso?

Fruet – O fim da integração foi o fim do subsídio do governo do Estado. Agora se alguém quiser interpretar isso diferente, eu não tenho o que fazer. Segundo, toda a estrutura física da integração está garantida. Terceiro, eu devolvo com uma pergunta simples: deixem a Urbs administrar todo o sistema. Porque as empresas de Curitiba não podem entrar nos municípios (da região metropolitana)?


 Área calma

Houve redução nas multas

Bem Paraná – Porque Curitiba não tem até hoje a bilhetagem temporal, que já existe há tempos em outras capitais e até outras cidades do Paraná?

Gustavo Fruet – São várias frentes. Primeiro pelo contrato, edital. Segundo pelo contrato existente hoje de bilhetagem eletrônica. Nós temos um processo de discussão judicial. E terceiro, se você lembrar nós estabelecemos este ano uma diferença na tarifa para incentivar o usuário a migrar para o cartão. Porque como a gente vai exigir do usuário não pagar em dinheiro? Houve uma representação do Ministério Público e um termo de ajuste para que isso não ocorra. Então, isso é inevitável, Curitiba vai implantar, se possível, uma parte já no ano que vem.

BP – Com a crise, o metrô ainda é viável?

Fruet – É. Curitiba precisa de um sistema de alta capacidade. Não é concorrente, é complementar. Curitiba precisa – isso sem falar na integração – só para atender hoje a região Sul, um sistema com capacidade superior a 30 mil usuários/hora. Nenhum sistema no mundo não é subsidiado. O metrô também. Na superfície nós temos dois grandes eixos. Mesmo com o Ligeirão, nós estamos falando de vias com mais de 70 cruzamentos. Com o centro de controle operacional e com a sincronização dos semáforos, a prefeitura tem como administrar a melhora da média de velocidade no horário de pico desses grandes ônibus. Porém a capacidade tem um limite que vai chegar a 20 mil, 23 mil usuários/hora. Paralelo a isso, também há um trabalho de redistribuição da demanda, por isso um novo modal da Linha Verde passa a ter importância. Mas nós precisamos de um sistema de alta capacidade.

BP – Em relação à área calma, a crítica mais comum é de que a prefeitura só quer arrecadar. Como o senhor responde a isso.

Fruet – Primeiro, houve uma redução nas multas em dois anos. Segundo, não houve equipamentos novos. Nós fizemos uma redistribuição de equipamento. No caso específico da área calma, foram pouco mais de 4 mil multas, que não representa 0,09% do total de veículos que circularam na região. E houve redução de acidentes.