A Secretaria de Estado da Saúde divulgou mais um boletim atualizado sobre a dengue no Estado. No período epidemiológico de agosto até esta terça-feira (5) estão confirmados 1.726 casos de dengue no Paraná. Até o momento, cinco cidades já estão em situação de epidemia de dengue no Estado: Munhoz de Mello, Santa Isabel do Ivaí, Itambaracá, Guaraci e Paranaguá. Esta é primeira vez que um município do litoral paranaense é considerado epidêmico para a doença.

Ao todo, Paranaguá registra 491 casos da doença, desde agosto de 2015. 2 O Governo do Estado, em conjunto com a prefeitura de Paranaguá, realizou no mês de dezembro do ano passado, uma série de ações para intensificar o trabalho de combate ao mosquito em todos os bairros da cidade. Na época, a Secretaria da Saúde inclusive enviou uma equipe de profissionais do interior do Estado para auxiliar à prefeitura nas atividades de bloqueio. Também foi deslocada à Paranaguá parte da frota de camionetes fumacê do governo estadual, que atuam na aplicação de inseticida contra o mosquito em sua forma alada (adulto).

Ainda em dezembro, o Estado destinou R$ 255 mil à prefeitura através do programa VigiaSUS, a fim de dar suporte financeiro ao reforço das ações preventivas contra a dengue. Em todo o Estado, 1.726 casos de dengue já foram confirmados. Segundo informações dos municípios, apenas dois pacientes evoluíram para a forma grave da doença, mas nenhum morreu.

Dia D — No próximo sábado (9) o Estado do Paraná promove uma grande mobilização contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. A intenção é alertar a população sobre a necessidade de fazer uma faxina geral em casa para eliminar os potenciais criadouros do mosquito. Ações educativas e mutirões de limpeza serão realizados em diversos municípios do Estado, marcando o Dia D de Combate ao Mosquito da Dengue, lembrado todo dia 9 de cada mês. As atividades estão sendo organizadas pelas regionais de saúde, em parceria com as prefeituras e a sociedade civil organizada.

Queremos aproveitar este momento em que as pessoas estão retornando às suas casas, depois das festas de fim de ano, para convidá-las a entrar nesta luta contra o mosquito, explicou o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. Se cada um fizer a sua parte, podemos reduzir drasticamente o risco desta tríplice ameaça da dengue, zika e chikungunya, reforçou. As equipes de saúde farão visitas em casas e estabelecimentos comerciais para entregar um check-list com informações sobre os principais locais e objetos que deverão ser inspecionados.

O objetivo é mostrar ao cidadão onde o mosquito geralmente deposita seus ovos e encontra água parada, condição ideal para a reprodução do inseto. Muita gente lembra dos vasos e pratos de plantas, dos pneus, do lixo reciclável, mas esquece de verificar outros locais que também oferecem risco, como calhas entupidas, bromélias e bandejas externas de geladeira, alerta o diretor-geral da Secretaria da Saúde, Sezifredo Paz. 

ZIKA E CHIKUNGUNYA – O boletim informativo da Secretaria Estadual da Saúde, divulgado nesta terça-feira (5), traz ainda informações sobre a circulação do zika vírus a partir de agosto do ano passado. Ao todo, foram notificados 30 casos suspeitos no Paraná, sendo que seis já foram descartados por terem diagnóstico laboratorial confirmado para dengue. O restante segue em investigação. Quanto à febre chikungunya, o Paraná registra neste mesmo período apenas um caso confirmado autóctone da doença, ou seja, quando o paciente foi infectado dentro do próprio Estado. Trata-se de um paciente de Mandaguari que já foi tratado e passa bem. Além disso, existem outros três casos importados de outros Estados.