SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Seis dias após ser internado em razão de uma pneumonia, o cineasta Michael Moore, 61, elogiou o tratamento que recebeu na UTI de um hospital em Nova York. Na sexta (5), o diretor publicou mensagem em sua página oficial no Facebook agradecendo aos médicos que o atenderam e o sistema de saúde norte-americano. Ele não diz qual o nome do hospital onde foi internado. “Graças a uma combinação de bons médicos, comida de hospital decente e Obamacare [reforma no sistema de saúde promovida pelo atual presidente dos EUA], estou me sentindo muito melhor –tanto que devo ser liberado ainda hoje”, contou no comunicado.

Diretor do filme “Sicko – $O$ Saúde” (2007), no qual critica o sistema de saúde dos EUA, Moore atribuiu a doença a uma programação exaustiva que inclui a estreia em circuito comercial de seu longa mais recente, “Where to Invade Next” (onde vamos invadir agora). Ele também menciona o trabalho de apoio ao candidato democrata à presidência Bernie Sanders e a mobilização para chamar a atenção para o escândalo de água envenenada em sua cidade natal, Flint, no Estado de Michigan.

O cineasta ainda pediu a fãs para que o ajudem a promover seu novo filme, programado para estrear na próxima sexta (12), compartilhando informações sobre o documentário nas redes sociais. “Eu não posso voar, tenho que me recuperar e, em uma semana, este grande filme, para o qual tanto me dediquei, vai estrear nos cinemas –com pouca ou nenhuma ajuda minha”, escreveu ele. “Sei que parece um pedido pouco ortodoxo, e nunca vi um pedido desses sendo feito por outro diretor (posso estar sob efeito das drogas erradas), mas esta é a era das mídias sociais, e estamos todos tentando novas formas de fazer as coisas, não é?”, emendou.

Em “Where to Invade Next”, numa sátira às ações intervencionistas no Afeganistão e no Iraque, Moore se dispõe a invadir países europeus com o intuito de conhecer programas governamentais que deram certo e que podem ser aplicados nos EUA. Passando pelas prisões modelo da Noruega, os colégios finlandeses, a nutrição de escolas públicas francesas, política antidrogas em Portugal, as férias e o 13º salário na Itália. Premiado com um Oscar em 2003 por “Tiros em Columbine”, Michael Moore também é conhecido pelo documentário “Fahrenheit 9/11” (2004).