SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Campeonato Mundial da classe 49erFX, que começa nesta terça-feira (9) em Clearwater, nos Estados Unidos, pode fechar um ciclo “perfeito” para a dupla Martine Grael e Kahena Kunze. Isso em um ciclo olímpico no qual a vela brasileira passou longe da perfeição. Líderes do ranking mundial e favoritas ao pódio nos Jogos do Rio, que ocorrerão em agosto, elas tentam consolidar uma sequência que vem de outros três mundiais: elas foram ouro em 2014 -quando foram eleitas as melhores velejadoras do mundo- e prata em 2013 e em 2015. Uma nova medalha reforça as aspirações para a Rio-2016. “Tem ventado muito, então vai ser uma semana boa para aprendizados. Nessa reta final para os Jogos Olímpicos estamos sempre buscando aquele algo a mais que vai fazer a diferença”, afirmou Kahena. A fase de classificação vai desta terça até sábado, e a decisão da medalha será no domingo (14). Ambas já estão garantidas no Rio. Além da 49erFX, ocorrem em Clearwater os mundiais de 49er (com os brasileiros Marco Grael, irmão de Martine, e Gabriel Borges) e de Nacra 17 (este misto, com os brasileiros Samuel Albrecht e Isabel Swan). Entre o Mundial de 2015 e este que se inicia nesta terça, foram apenas três meses de intervalo. O motivo da proximidade foram os Jogos Olímpicos, que causaram a antecipação. Desde o final de 2012, Martine a Kahena têm sido as mais constantes da vela, que sempre foi um patrimônio olímpico nacional. Neste ciclo, à exceção delas, os velejadores brasileiros tiveram altos e baixos. Um exemplo foi o Pan de Toronto, em julho passado. Com dois ouros e seis pódios, a equipe obteve o pior resultado em Pans neste século. Além disso, nomes fortes como Robert Scheidt têm oscilado. O paulista, dono de cinco medalhas olímpicas, por exemplo, faturou o título mundial da classe Laser em 2013, mas não repetiu o rendimento nos anos seguintes. Porém, Scheidt começou o ano de 2016 bem, com a conquista da Copa do Mundo de Miami. Ele, Martine e Kahena serão os líderes da equipe brasileira nos Jogos do Rio.