Na hora de investir nestes emprendimentos, contudo, é essencial que as construtoras consigam manter o equilíbrio, evitando que as vantagens que o condomínio traz acabem se tornando um custo demasiadamente alto para os moradores. Como exemplo, Pissetti lembra de construtoras que chegaram a lançar empreendimentos com espaço pet e até mesmo salões de beleza, hoje áreas vazias por conta da falta de utilização.

É preciso dosar a questão do custo de manutenção, que vai ser pago no condomínio. Então tem que ter um número razoável de moradores, senão o que era para ser uma vantagem pode virar dor de cabeça, afirma. A pessoa compra um imóvel pensando mais na área privativa, a sua própria área. Soma-se então área privativa, área coberta, área descoberta, e é feito um coeficiente. Um coeficiente bem equilibrado é entre 50% e 55% de área privativa. Geralmente isso conseguimos com imóveis de 100 metros quadrados, completa.

Como exemplo, o especialista cita dois negócios da própria Swell, o Ucrânia Champagnat Residence e o Prime Class Residence, no Água Verde. O Prime é tipo um clube: tem área de lazer equipada e decorada, quadra, piscina de adulto e infantil, academia, espaço gourmet e espaço grill. Mas lá isso foi viável porque são 89 unidades, então não onerou os moradores. Já o Ucrânia são só 22 unidades, então tenho que ter uma área de lazer bem enxuta: salão de festas gourmet, uma sala de jogos e uma academiam que é o mínimo que um empreendimento pode oferecer.