Os gastos do governo com pessoal, custeio, programas sociais e outras despesas não financeiras vão superar em R$ 70,7 bilhões as receitas, de acordo com previsão de economistas consultados pelo Ministério da Fazenda, no relatório Prisma Fiscal de fevereiro. A edição de janeiro da pesquisa apresentava uma estimativa de rombo de R$ 68,2 bilhões.

O governo de Dilma Rousseff defende que irá cumprir um superavit (quando as receitas superam as despesas) de R$ 24 bilhões, compromisso que tem se mostrado cada vez mais irreal, à medida que a economia retrai e a arrecadação de impostos encolhe. Diante desse cenário, o governo estuda a criação de uma banda de flutuação da meta de superavit primário.

Ou seja, com uma frustração de receitas, o governo estaria autorizado a reduzir até certo ponto a sua poupança para pagamento de encargos da dívida pública. O Prisma Fiscal de fevereiro prevê uma arrecadação de impostos de R$ 1,294 trilhão. Em janeiro, a estimativa era um pouco melhor, de R$ 1,295 trilhão.