O mês de maio é dedicado à conscientização, prevenção e diagnóstico do câncer de pele. Correspondendo a aproximadamente 25% dos tumores malignos, o câncer de pele é uma enfermidade com aumento incontrolável de células cutâneas anormais e apresenta altas chances de cura se detectado precocemente.

Levantamentos do Instituto Nacional do Câncer (Inca), detectam que entre 2003 e 2013, o número de mortes por câncer de pele cresceu 55% no Brasil. Em 2013, o câncer de pele matou 3.316 brasileiros (último dado disponível), média de uma morte a cada três horas. Dez anos antes, em 2003, foram 2.140 óbitos, em decorrência de metástase.

De acordo com Aline Marcassi, dermatologista do Amato Instituto de Medicina Avançada, existem diferentes tipos de câncer de pele e a maioria dos casos está ligada à exposição excessiva aos raios solares.

O carcinoma basocelular é o tipo mais comum e que apresenta melhor prognóstico, com baixa taxa de mortalidade; já o melanoma é menos comum, mas apresenta uma taxa maior de mortalidade, pois pode provocar metástases para outros órgãos, principalmente os pulmões e ossos.

O câncer de pele está mais ligado a pessoas com mais de 40 anos, com histórico da doença na família, com pele e olhos claros e que se expuseram excessivamente ao sol ou agentes químicos ao longo da vida. Pessoas que têm muitas pintas também têm mais risco de desenvolver a doença. No entanto, essas pintas são aquelas que apresentam colooração negra.

A demora no diagnóstico do câncer de pele pode mudar o seu tratamento. Segundo Fernando Amato, cirurgião plástico do Amato Instituto de Medicina Avançada, o que poderia ser uma simples cirurgia pode se transformar em uma cirurgia complexa para reconstrução e além de trazer sequelas com difícil reparação. No caso do melanoma, o tratamento pode envolver esvaziamento linfático, e até quimioterapia.

Há vários tipos de tumores

Os principais cânceres de pele são o Carcinoma Basocelular (CBC), o Carcinoma Espinocelular (CEC) e o melanoma. O CBC pode ter a aparência de uma lesão brilhante, avermelhada ou acastanhada, com pequenos vasos na superfície, que às vezes apresenta sangramento espontâneo.

O CEC normalmente é uma lesão avermelhada áspera, às vezes endurecida, que também pode parecer uma ferida que não cicatriza.

Esses tumores costumam aparecer em áreas cronicamente expostas ao sol, como rosto, colo e antebraços. Já o melanoma é um tumor que pode ser mais agressivo, ocasionando metástases e se parece com uma pinta.

Pela enfermidade se apresentar de várias formas é necessário estar atento para o surgimento de manchas, pintas ou marcas pelo corpo. Também é preciso prestar atenção aos formatos, cores, tamanho e evolução de qualquer pinta ou mancha na pele. Um autoexame regular é importante e permite a detecção precoce do câncer de pele.

Outras medidas que podem ser úteis no dia a dia é reduzir a exposição solar protegendo a pele com chapéus, camisas de manga longa, saias longas ou calças, evitar a exposição ao sol entre às 10h e 16h e usar protetor solar com FPS de no mínimo de 30 e reaplica-lo a cada 2h. lembrando que o protetor solar também deve ser usado nos meses de inverno. E caso haja qualquer alteração ou dúvida procure um dermatologista ou cirurgião plástico, alerta o Fernando Amato. Website: http://www.amato.com.br/