DIMMI AMORA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O TCU (Tribunal de Contas da União) proibiu a Eletrobras, estatal do setor elétrico, de colocar mais recursos em empresas das quais ela é sócia para a construção de uma hidrelétrica na Nicarágua.
A hidrelétrica de Tumarín geraria 223 MW e estava sendo construída em sociedade com a Construtora Queiroz Galvão. O custo do projeto era estimado em US$ 1,2 bilhão (R$ 4 bilhões).
Em decisão do plenário do tribunal, a empresa ainda será obrigada a se explicar sobre 15 indícios de irregularidades apontados no relatório que incluem ainda a outro projeto, a construção da hidrelétrica de Inambari, no Peru, de 2,6 mil MW, e estimada em US$ 4,8 bilhões (R$ 18 bilhões). Parte da energia gerada viria para o Brasil, mas as obras ainda não foram iniciadas.
No projeto nicaraguense, a Eletrobras já colocou US$ 38 milhões e estava autorizando o aporte de outros US$ 100 milhões. Para fazer a obra, os empreendedores contavam com um investimento de US$ 512 milhões do BNDES, dinheiro que nunca foi liberado.
Para o TCU, a Eletrobras assumiu riscos desvantajosos para ela no contrato, além de não garantir que as obras teriam preços compatíveis com o mercado.