SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O G7, grupo que reúne as principais economias mundiais, prometeu nesta sexta-feira (27) buscar forte crescimento global, enquanto debateu sobre o mercado cambial e políticas de estímulo. Os países também expressaram preocupação com a Coreia do Norte, Rússia e disputas marítimas que envolvem a China.
Os líderes do G7, que participaram de uma cúpula na região central do Japão, prometeram usar “todas as ferramentas políticas” para impulsionar a demanda e aliviar as restrições de oferta.
“O crescimento global permanece moderado e abaixo do potencial, enquanto os riscos de fraco crescimento persistem”, disseram em declaração. “O crescimento global é a nossa prioridade urgente”.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que o G7 divide “um forte sentimento de crise” sobre a perspectiva global.
“O risco mais preocupante é contração da economia global”, liderada pela desaceleração nas economias emergentes, disse Abe em entrevista coletiva depois de presidir a cúpula de dois dias. “Há um risco de a economia mundial cair em crise se as respostas políticas adequadas não forem feitas.”
No geral, por meio da declaração de 32 páginas, o G7 se comprometeu com taxas de câmbio baseadas no mercado e evitar a “desvalorização competitiva” de suas moedas.
Sobre as reformas de suas sociedades e economias, os países prometeram “continuar as reformas estruturais para reforçar o crescimento, a produtividade e o potencial de produção e dar exemplo respondendo aos desafios estruturais”. Um ponto no qual a Alemanha insiste há anos.
Por sua vez, os presidentes dos países do G7 expressaram sua preocupação diante do agravamento das tensões marítimas nos mares da China meridional e oriental. O texto não cita nenhum país em particular, mas a alusão à China é evidente.
As tensões se agravaram nos últimos tempos no mar da China meridional, reivindicado praticamente em sua totalidade por Pequim, que construiu ali ilhas artificiais, irritando países como Vietnã e Filipinas.
A China, que na véspera havia convocado a cúpula a não se envolver “em temas que não lhe competem”, não deve demorar a reagir.