O Atlético é um time que acredita em si, mas falta ser um pouco mais agudo. A avaliação é do técnico Paulo Autuori, feita após a vitória de 1 a 0 sobre o Santos, no último sábado (18), na Arena da Baixada.

Não proporcionamos oportunidade ao Santos e o time (Atlético) foi bem, estava bem posicionado. O que falta é ser mais agudo. Em alguns movimentos conseguimos isso hoje. Precisa de profundidade na jogada, disse Autuori.

O gol saiu porque a equipe saiu acreditando, e isso é ser competitivo. Eu saio feliz, sobretudo, pela postura da equipe, que mostrou poder de reação, falou o treinador do Atlético. Era um adversário complicado, com muita mobilidade, muita espontaneidade nos movimentos.

Com a vitória e os demais resultados da 9ª rodada, o Atlético foi para a 9ª posição, com 13 pontos. Acho que a equipe está começando a criar o tipo de competitividade que queremos, disse ele, sobre a ascensão na tabela — o time estava em 12º lugar antes da partida.

Autuori elogiou ainda a torcida. Parabéns aos nossos torcedores e muito obrigado, se portaram muito bem, nos apoiaram ao máximo, falou.

O treinador discorreu também sobre a escalação inicial. O meia-atacante Nikão, cotado para começar a partida, sequer foi relacionado. O Nikão não foi sacado, nós decidimos fazer um trabalho especial com ele. Ele vai fazer um trabalho específico para recuperar sua potência, sua força. É um jogador fundamental para nós, disse ele.

A ideia era fazer uma linha de quatro no meio de campo e o Giovanny e o Ewandro se postaram bem. No 1º tempo respeitamos o adversário, no 2º tempo subimos mais a linha, fomos mais incisivos. E isso demonstra também a capacidade física da equipe, porque você crescer no 2º tempo demonstra que tem gás para dar, disse Autuori. O Vinícius, Anderson Lopes e o Pablo, que entraram no 2º tempo, foram bem.

O Jogo — Na primeira etapa, a partida entre Atlético e Santos foi truncada, com os dois times não só priorizando a marcação, como também errando muitos passes. Com um passe errado a cada 30 segundos, os dois times tiveram grandes dificuldades para criar lances de perigo, tanto que a primeira finalização a gol veio apenas aos 29 minutos.

Para melhorar essa falha no setor de armação, Paulo Autuori sacou Walter, aos 13-2º, e seis minutos depois também tirou Giovanni. Entraram Vinícius e Anderson Lopes, com a formação da equipe passando do 4-4-2 (4-2-4 quanto o time tinha a bola) para um 4-3-3. O rendimento melhorou.

Quando o empate parecia favas contadas e na sequência de um lance em que o Furacão teve um gol anulado de forma polêmica, um zagueiro, cuja titularidade inclusive chegou a ser questionada – Wanderson vinha atuando bem e parecia ter conquistado a titularidade – apareceu para salvar aos 43 minutos: cobrança de escanteio para Paulo André, de cabeça, marcar o gol solitário e salvador.


Na Arena

Em Chapecó

Na próxima quarta-feira (22), o time joga em Chapecó, contra a Chapecoense — curiosamente, os dois times ainda vão se enfrentar na terceira fase da Copa do Brasil. A expectativa é quanto à utilização do meia Nikão. Ele foi poupado na partida diante do Santos, por opção do treinador. Autuori deverá confirmar a equipe após os (poucos) treinos desta semana.